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Instituto Tomie Ohtake faz exposição “AI-5 50 Anos – Ainda Não Terminou de Acabar”

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O Instituto Tomie Ohtake realiza uma exposição que recebeu o nome de “AI-5 50 Anos – Ainda Não Terminou de Acabar”. O objetivo da exposição AI-5 50 Anos é promover um debate a respeito do preço que se paga pela retirada de direitos democráticos no imaginário cultural e social da nação brasileira, como uma forma de resposta aos 50 anos completados da implementação do Ato Institucional de Número 5, o famigerado AI-5, um ponto crucial e determinante da intensificação do autoritarismo e totalitarismo da ditadura civil-militar ocorrida no Brasil entre os anos de 1964 e 1985.

De acordo com o curador responsável pela exposição, Paulo Miyada, a pesquisa tem como foco a produção de artes visuais daquela época, com obras, ideias e iniciativas que brotaram justamente no confronto das lutas de resistência e dos inúmeros atos de repressão, que muitas vezes aplicavam pesadas censuras a diversas modalidades artísticas.

Em determinadas situações, as obras agrupadas foram proibidas, destroçadas ou resistiram, porém de forma escondida, na “clandestinidade”; por outro lado,há obras que tiveram sua circulação foi rigidamente restringida e suas formas de expressão tiveram que sofrer complexos processos de codificações e e atravessar estratégias de resistência.

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A exposição AI-5 50 ANOS – Ainda Não Terminou de Acabar propõe ao espectador uma verdadeira trajetória ao longo das diversas fases de repressão aos direitos democráticos.

Merece um destaque especial as mais variadas ações de contestação, de enfrentamento, de resistência e reflexão. Existe igualmente disponibilidade para textos e documentos de contextualização, sem falar em um contingente de obras comissionadas de artistas mais novos, que não vivenciaram diretamente essa época da ditadura militar, porém puderam conhecê-la por meio de estudos e afins.

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Nas palavras do próprio curador da exposição: “Com isso em mente, é possível considerar que esta mostra não é apenas um memorial de silenciamentos e perdas, mas também de reinvenções e resistências, com apelos que se endereçaram à sociedade de então e continuam em aberto para os cidadãos de hoje”.

Estrutura da exposição AI-5 50 Anos

A exposição AI-5 50 anos é dividida em 6 partes distintas:

  1. A censura na época da ditadura militar, que acabou, contudo, batendo de frente com a eclosão da ideia de opinião na produção artística do período. Nessa parte, são exibidas alguns exemplares de engajamento das vanguardas artísticas e o agravamento da repressão.
  2. Criminalização da opinião depois do AI-5 e processo de transformação das tendências nas artes. Mostra-se nessa parte de que maneira os artistas conseguiram produzir arte de contestação.
  3. Emergência do que se chamou de “geração de guerrilha”, que conquistou espaço na arte nacional entre 1969 e 1970, usando e abusando da criatividade para tecer estratégias de resistência característicos dos movimentos de guerrilha urbana. Também se constituiu em uma produção que procurou ocupar espaços nas margens ou mesmo fora do circuito artístico institucional.
  4. Arte nos anos 1970 e a busca de meios de obter a liberdade em um país que estava imerso no autoritarismo e conservadorismo, culminando, dentre outras coisas, na arte “marginal”.
  5. Críticas ao desenvolvimentismo do país idealizado e cultivado pela ditadura militar. Obras de resistência ao “otimismo nacionalista”.
  6. Reflexão a respeito da crise institucional que resultou no processo de redemocratização.

Dados gerais sobre a exposição AI-5 50 anos e o Instituto Tomie Ohtake

Data da exposição: a partir de 04/09  até o dia 04/11.

Abertura: dia 04/09, às 20 horas.

Preço: Entrada franca.

Horário de funcionamento do Instituto Tomie Ohtake: de Terça-feira à Domingo, das 11h às 20h.

Endereço: Av. Brigadeiro Faria Lima, 201, Pinheiros, São Paulo – SP. Entrada pela Rua Coropés, 88. À 800 metros do metrô Faria Lima (linha amarela).

Telefone: (11) 2245-1900.