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Aumentam as mortes de imigrantes no Mediterrâneo. Papa Francisco pede medidas ágeis para evitar naufrágios na região

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(G1 e Agência EFE) Junho de 2018 ficou marcado como o mês com o maior contingente de mortes, em um período de 1 ano e meio, de imigrantes que buscaram tentar adentrar em território europeu através do Mar Mediterrâneo, de acordo com dados fornecidos pela OIM-ONU (Organização Internacional para as Migrações das Nações Unidas). Do começo ao fim do referido mês, houve ao menos 629 mortes confirmadas na região, incluindo aí também o Mar Egeu.

A soma total falta pouco para se igualar ao contingente de mortos nos 5 meses precedentes. Agora no mês de julho, o índice de mortes atingiu a marca de 198, até o dia 19.

Há algumas ONGs que possuem barcos mantidos nas águas internacionais para poder fazer o resgate dos imigrantes, cuja maioria é oriunda da África e do Oriente Médio.

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Essas mesmas ONGs dizem ainda que por causa de uma nova política do governo italiano de efetuar um bloqueio ao acesso dos navios para os portos faz com que esse trabalho de resgate se torne muito mais difícil. Elas denunciaram ainda algumas ações do governo da Líbia, que batem de frente com as leis marítimas, como, a nível de exemplo, em negar ajudar os barcos que estão em perigo.

Através de um comunicado que foi divulgado no dia 12, a organização humanitária Médicos sem Fronteiras (MSF) teceu duras e justas críticas a respeito da recusa da Itália à chegada de imigrantes que foram resgatados.

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Karline Kleijer, que é a chefe de emergências dos Médicos Sem Fronteiras, afirmou o seguinte: “As decisões políticas europeias que foram tomadas ao longo das últimas semanas tiveram consequências letais. Foi tomada a sangue-frio uma decisão que deixa homens, mulheres e crianças se afogarem no mar Mediterrâneo. Isso é ultrajante e inaceitável”.

Falta de humanidade e empatia

Conforme foi afirmado e divulgado pela agência de notícias Associated Press, o mais novo ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, enviou um aviso aos imigrantes durante um comício realizado no norte da Itália. “A viagem grátis acabou”, disse ele. “Está na hora de fazer as malas.”

O novo governo italiano tomou posse no dia 1º de junho, com a promessa de gerar mais empregos para o povo da Itália e também expulsar os imigrantes ilegais.

Desde esse momento, o governo buscou bloquear o acesso aos portos italianos de ao menos três barcos de organizações europeias que transportavam refugiados resgatados em águas internacionais.

Papa Francisco faz chamada internacional

O Papa Francisco fez nesse domingo, dia 22 de julho, uma chamada para a comunidade internacional, na Praça São Pedro, após uma reza dominical, para que aja de forma precisa e rápida para evitar ao máximo a ocorrência de naufrágios no Mediterrâneo.

O papa rememorou as notícias que chegaram ao seu conhecimento de que naufrágios de embarcações repletas de refugiados no Mediterrâneo e expressou sua dor e lamento pelas tragédias e dedicou orações e lembranças às vítimas e seus familiares.

Ele pediu à comunidade internacional que ela agisse de forma ágil e decidida, com o objetivo de impedir que novos desastres como esses ocorressem e que todos os envolvidos nessas tragédias pudessem ter asseguradas sua dignidade, segurança e respeito.