Hoje, Geisy Arruda é uma celebridade e já vive em paz com o que aconteceu há 12 anos atrás. No entanto, a violência daquele episódio ainda é lembrada e serve de exemplo do quanto as mulheres são vítimas de agressões, mesmo sem ter feito nada.
Na época, Arruda era estudante universitária e viveu um pandemônio em um dia de aula, quando simplesmente decidiu ir de vestido para a sala de aula. O vestido, curto, foi “motivo” para que uma multidão de alunos se reunisse ao redor da sala, hostilizando e agredindo a jovem, que na época tinha apenas 19 anos de idade.
Naquele dia, Geisy escolheu o vestido porque pretendia ir a uma festa depois da aula. Ela lembra que foi alvo de crimes de calúnia e difamação também, além do assédio sofrido. Diversos boatos foram criados na época, para justificar o ataque.
Haviam boatos de que Geisy estava sem as peças íntimas, ou que ela estava mantendo relações íntimas dentro da sala, ou que estava expondo as partes íntimas do corpo. Em questão de minutos, uma multidão cercou a sala, filmando e hostilizando a jovem.
“Quando a polícia chegou, eles comemoraram. Eles acreditaram que eu estava sendo presa por atentado ao pudor. Mas não, a polícia foi me tirar de lá, para me levar para casa, para me proteger deles”, lembra Geisy.
Geisy lembra que foi preciso sair da posição de vítima e dar um passo em direção a libertação daquele trauma. “Consegui um advogado e me posicionei, aí eu disse: ‘Agora vocês tão fritos na minha mão'”, conta ela.
Via: tvefamosos.uol.com.br