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“O Twitter é tão liberal que seus funcionários conservadores “não se sentem seguros para expressar suas opiniões”, diz o CEO Jack Dorsey

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Uma das críticas mais comuns atualmente contra as redes sociais, como o Twitter, Facebook e YouTube é que elas, em teoria, seriam muito tendenciosas e adversas contra visões de mundo conservadoras. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, gosta de twittar sobre esse assunto e uma quantidade expressiva de membros do Congresso também creem que esse seja o caso.

O CEO do Twitter, Jack Dorsey – assim como também seus colegas no Facebook e no YouTube – tem constantemente falo que os serviços de sua companhia não são tendenciosos.

Porém as pessoas que fazem parte da empresa podem ser, de certa forma, “tendenciosas”, declarou Dorsey em uma entrevista concedida no mês de agosto, dizendo de forma explícita aquilo que todos já tinha conhecimento: o Twitter, como a maior parte das empresas de tecnologia do Vale do Silício, tem uma quantidade muito maior de colaboradores de esquerda do que de direita.

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O Twitter é tão liberal, na realidade, que funcionários conservadores “não se sentem confortáveis em expressar suas opiniões” no interior da empresa, contou Dorsey ao professor de jornalismo da NYU, Jay Rosen, em uma nova entrevista que foi publicada na revista Recode Media.

“Nós também temos uma grande quantia de pessoas conservadoras na empresa e, para ser sincero, eles não se sentem tranquilos para expressar suas opiniões na empresa”, disse Dorsey.

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“Eles se sentem constrangidos somente pelo burburinho geral do que eles notam ser a porcentagem mais larga de inclinações dentro da companhia, e eu não penso que isso seja justo ou certo.”

Dorsey também elucidou por qual razão ele mencionou o preconceito de funcionários esquerdistas do Twitter.

“Eu acho que é cada vez mais importante, pelo menos, esclarecer o que nosso preconceito se apóia, e apenas expressá-lo”, emenfou. “Eu prefiro saber o que alguém preconiza ao invés de tentar interpretar através de suas ações.”

Os comentários de Dorsey estão destinados a botar mais lenha na fogueira quanto à ideia de que redes sociais como o Twitter estão suprimindo pontos de vista conservadores, e que o Vale do Silício é intrinsecamente anti-Trump. É uma narrativa que está em curso há mais de dois anos e não mostra sinais de que vai diminuir.

Somente nesta semana, Breitbart publicou um vídeo de uma reunião interna com o Google logo depois a eleição de 2016, na qual executivos da organização alentaram funcionários que estavam tristes com a vitória de Donald Trump na presidência.

O procurador-geral Jeff Sessions está até pensando na possibilidade de uma investigação formal para verificar se os gigantes da tecnologia estão, de verdade, suprimindo visões de mundo conservadoras.

O Twitter, o YouTube e o Facebook tentaram, na sua grande maioria, evitar quaisquer problemas que envolvam preconceito político, confiando plenamente nos algoritmos de software para definir qual conteúdo é exibido a quais usuários.

Algumas pessoas alegam que algoritmos de software são elaborados por seres humanos, o que quer dizer que eles possivelmente possuem tendências igualmente.

Nesse momento, Dorsey está falando que os funcionários conservadores do Twitter não se sentem à vontade para se expressarem, o que leva a questionamentos sobre como os produtos de empresas como o Twitter são construídos e quem participa deles.

De sua parte, Dorsey está buscando aumentar seu próprio feedback. Dorsey conversou com o comentarista da Fox News, Sean Hannity, em seu programa de rádio ao longo de uma recente campanha de imprensa e teve diversas reuniões secretas com políticos conservadores em Washington neste verão para “ganhar ‘confiança’ entre os conservadores que há muito punem a companhia”, de acordo com o jornal. Washington Post.