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Surto de toxoplasmose em Santa Maria é provavelmente causada pela água

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Nesta última quinta-feira 21 de junho, o Ministério da Saúde confirmou que o surto de toxoplasmose em Santa Maria no Rio Grande do Sul, está sendo causada provavelmente por água contaminada.

De 1.103 casos suspeitos, 569 foram confirmados de acordo com o Centro Estadual de Vigilância em Saúde (CEVS). Outras origens de contaminação foram descartadas, como carne suína, de frango, carne bovina e por frutas.

O governo gaúcho confirmou que a água da Corsan distribuída na cidade é confiável, mas existem outras fontes de água que podem estar contaminadas.

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Fatos investigados pelo Centro Estadual de Vigilância em Sáude

O órgão de Saúde realizou entrevistas com a população, para averiguar a possível causa de transmissão. Dos resultados apurados, cerca de 50% da população de Santa Maria está contaminada com a toxoplasmose sem apresentar qualquer tipo de sintoma.

Entre 569 casos confirmados, 50 são gestantes. Entre elas, três tiveram algum aborto ou perderam seus bebês. E outros nasceram com toxoplasmose congênita, que é quando a mãe contrai a doença na gravidez e transmite ao bebê.

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Alguns dos sintomas da toxoplasmose são: dores de cabeça, dor de garganta, problemas de visão, audição e manchas pelo corpo.

Divergência

Dados coletados pelas CEVs e as colhidas pelo Ministério da Saúde, estão diferentes. Para o órgão federal, foram 90 casos confirmados até dia 18 de junho. Já o órgão estadual diz estarem confirmados 569 casos.

O Ministério da Saúde declarou que essa divergência ocorre, porque o período apurado e comprovado do surto de toxoplasmose, pode ter sido medido em períodos diferentes do surto.

Mas que todos os casos confirmados terão assistência e acesso ao tratamento médico respectivamente, concluiu o órgão federal.

O principal hospedeiro do parasita da toxoplasmose chamado de Toxoplasma Gondii, é as fezes do gato contaminado. Ao serem depositados nos detritos dos felinos, o parasita pode contaminar a água, verduras e legumes regados com a mesma.

Outros hospedeiros da doença são os bovinos, suínos, caprinos e aves, que são contaminados pelas fezes dos gatos. Estes por sua vez, se contaminam por carnes cruas, pássaros ou ratos contaminados.

Segundo o secretário estadual da Saúde, Francisco Paz, em janeiro deste ano foram registrados os primeiros casos da doença, e até o momento houve queda nos registros. Ainda de acordo com ele, o pico da doença foi entre março e abril.

As orientações para prevenção da doença são: evitar comer alimentos e carnes cruas, lavar bem as mãos, manter a carne congelada a quinze graus negativos e cuidar da dieta dos gatos domésticos evitando dar a eles carnes cruas.

Manter a caixa de areia dos felinos bem higienizada e colocá-la no sol com frequência, evitar acariciar cães ou gatos que vivam soltos, lavar bem as mãos e unhas após trabalhar com a terra, gestantes devem usar luvas ao terem contato com qualquer tipo de alimento ou carne crua.

Reservatórios de água devem ser mantidos fechados, bem como lixos domésticos bem fechados, para evitar pragas, insetos e formigas.