Um estudo importantíssimo realizado nos Estados Unidos, chegou a conclusão de que uma enorme parcela de mulheres com câncer de mama em estágio inicial, acabaram realizando tratamento com quimioterapia sem que houvesse realmente a necessidade.
Segundo o estudo internacional, estas mulheres que acabaram recebendo o tratamento sob os padrões atuais, não precisavam passar por quimioterapia.
A pesquisa foi realizada no Centro Médico da Universidade de Vanderbit, da qual pretende mudar o atual padrão de atendimento para este estágio da doença. Segundo o centro, é possível dispensar dezenas de milhares de mulheres do tratamento envolvendo substâncias tóxicas fortíssimas, que segundo a pesquisa, acaba não trazendo benefício algum contra a doença.
Segundo a especialista Ingrid A. Mayer, em entrevista para o jornal New York Times, todo o padrão de atendimento irá mudar nos próximos anos.
O início do estudo
Esta experiência teve o seu início em 2006, conhecido como TailorX, e envolveu mais de 10 mil mulheres dos Estados Unidos e de outros cinco países. Todas estavam com diagnóstico de câncer de mama precoce e tiveram o acompanhamento do progresso após a cirurgia, pelos responsáveis do estudo.
No pós operatório o estudo mostrou que a grande maioria dos pacientes com risco médio de recidiva do câncer, podem dispensar o tratamento por quimioterapia. Outra parcela de mulheres que possuem um risco baixo, que são avaliadas após um teste genômico de tumores, também fazem parte das que podem evitar o tratamento por quimioterapia.
A quimioterapia é um tratamento feito com uma grande frequência e que destrói diversas outras aéreas do corpo, deixando-o muito debilitado e com a imunidade lá embaixo.
Tanto as mulheres com risco baixo como as de risco médio, representam mais de 70% das que são diagnosticadas com o tipo mais comum do câncer. Em números, todos os anos mais de 80 mil mulheres são diagnosticadas nestes casos. Com a novidade, desde que autorizada pelo médico que realiza o acompanhamento, estas mulheres podem eliminar o tratamento por quimioterapia com uma parcela alta de segurança.
Este estudo foi patrocinado pelo Governo Americano. Está tudo publicado em detalhes no New England Journal of Medicine e foi apresentado no encontro anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica neste último domingo, dia 03 de junho de 2018.
Quem são as principais beneficiárias deste estudo?
Como já foi citado, todos as pacientes que foram diagnosticadas com risco médio (recidiva) e risco baixo do câncer de mama, poderão se beneficiar dos novos estudos. Nestes casos os tumores de mama medem em média de um a cinco centímetros e não se espalham para os linfonodos.
Os beneficiados também são aqueles que receberam um resultado negativo para o teste de proteína HER2. Neste teste que acaba medindo a recorrência do câncer nos genes, os resultados devem ficar entre 11 e 25. Outras ações ligadas ao estrogênio também fazem parte dos estudos.