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Como a mídia manipula as pessoas? Entenda as estratégias de controle das massas – parte 1

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Em tempos da chamada “pós-verdade” e de uma profusão gigantesca e perigosa de fake news, mais do que nunca se fala a respeito do papel da mídia e de como e o quanto ela efetua a manipulação das massas.

Em teoria, o papel da mídia, seja qual ela for, é informar as pessoas da forma mais imparcial possível e ajudá-la a refletir, tornando-as cidadãos ativos e críticos.

Contudo, infelizmente, a realidade é completamente diferente. A mídia, no muito das vezes, acaba servindo como instrumento de dominação e controle por determinados grupos.

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E isso não é de agora. Há muitas e muitas décadas isso vem ocorrendo. Vale salientar que essa prática começou a ser mais largamente realizada pouco antes da Segunda Guerra Mundial, com o advento da propaganda nazista.

Noam Chomsky, um renomado e prestigiado intelectual americano, elaborou uma espécie de texto de cunho didático explicando quais são as estratégias de manipulação das massas existentes atualmente.

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Listaremos adiante as 10 estratégias de manipulação das massas, lista essa elaborada por Noam Chomsky.

1. A distração abundante

Uma das estratégias mais amplamente utilizadas pela mídia para a manipulação das massas é a distração, ostensiva e abundante. Ela consiste em encontrar modos de desviar a atenção do público, utilizando a técnica do “dilúvio”, ou seja, de lotar as pessoas com distrações e informações inúteis ou irrelevantes.

2. Problema-reação-solução

Essa metodologia consiste na criação forjada, ou seja, inventada, de algum problema, que está devidamente prevista para causar uma determinada reação do público, instigando o próprio público a ser o mandante da solução que eles querem que esse contingente de pessoas aceite.

Um exemplo: o SUS (Sistema Único de Saúde) é um sistema universal e gratuito de saúde, que, apesar das inúmeras deficiências e problemas, ainda funciona e permite que as pessoas tenham acesso aos serviços de saúde.

O Estado/governo começa, de propósito, a deixar de investir e permitir que o SUS fique cada vez pior, em condições cada vez mais precárias, tornando a situação insustentável. E o que começa a aparecer? Começa-se a sugerir a privatização do SUS, como solução para o problema e isso interessaria para o governo e principalmente para as empresas. Contudo, sabe-se que a grande maioria da população é pobre e não teria condições de arcar com as despesas de um sistema privado. Compreendeu?

3. Gradação

A estratégia da gradação ou gradualidade nada mais é do que a aplicação, de forma gradual, progressiva, pouco a por, por anos a fio, de alguma medida inaceitável, com o objetivo, obviamente, de fazer com que as pessoas aceitem.

Por exemplo: isso aconteceu com a supressão dos direitos trabalhistas. Aos poucos, a cada momento um direito trabalhista foi sendo retirado, até chegar ao ponto, como vemos no Brasil, da controversa reforma trabalhista, que praticamente “rasgou” a CLT.

4. Deferir

Um outro modo de fazer com que se aceite uma impopular é mostrando a essas pessoas que essa ação é “dolorida e necessária”, ou seja, algo que seria ruim e prejudicial a princípio, mas que no futuro pode trazer benefício para as pessoas e para os indivíduos ou até mesmo que o sacrifício possa ser evitado talvez.

O intuito é fazer com que as pessoas se acostumem e, quando a medida for de fato aplicada, tudo tenha sido “normalizado” e as pessoas não protestem.

5. Infantilização do público

Uma boa parte da mídia como um todo e da publicidade usa discursos, argumentos, personagens, entonações, gestos, palavras e atitudes particularmente infantis, em condutas aparentemente conciliadoras, “paternalistas” e carregadas de ingenuidades, tratando esse público como se fossem crianças.

A intenção por trás disso é minar a resistência das pessoas e neutralizar o senso crítico delas.

 

Essa foi a primeira de duas partes de uma matéria sobre as estratégias de manipulação da mídia, para facilitar a dominação e o controle das pessoas. Fique ligado na segunda parte.