Uma novidade no mundo da saúde com relação a detecção precoce de cânceres. Esta semana a Organização Mundial de Saúde deu um comunicado que existe um exame de sangue em estudo, que é capaz de prever se os pacientes podem desenvolver câncer de pulmão futuramente.
Segundo a OMS, o teste é capaz de identificar uma quantidade de proteínas específicas, conhecidas como biomarcadores, que são encontradas antes mesmo da formação e desenvolvimento dos tumores, que podem se tornar algo “maligno”.
Quem está por trás do desenvolvimento deste exame?
O estudo para aprimorar este exame de sangue está sendo feito pela Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer. Esta organização é uma das principais aliadas a Organização Mundial da Saúde na área de pesquisas relacionadas a oncologia.
Segundo a agência o exame e forma de rastreamento atual do câncer de pulmão, até mesmo em países onde a tecnologia de saúde é bem desenvolvida, não é capaz de identificar e diagnosticar pacientes com uma grande variação de tumores. E para que o tratamento seja eficaz é necessário que os tumores, bem como a sua probabilidade de desenvolvimento sejam identificados precocemente.
A atual tomografia foi testada com relação ao exame de sangue, onde ela conseguiu diagnosticar precocemente o câncer de pulmão em apenas 42% dos pacientes. Já o exame desenvolvido, conseguiu prever 63% dos casos, um avanço muito importante para a medicina atual.
Segundo o chefe do departamento de genética da Agência Internacional para Pesquisa sobre Câncer, Paul Brennan, este é apenas o início do que pode se tornar algo acima dos 90% na identificação precoce dos cânceres de pulmão. Em anos este é o primeiro estudo que demonstra uma melhoria bem significativa na identificação.
Todo o estudo foi publicado no JAMA Oncology, uma organização, onde mostrou que o teste foi capaz de identificar o câncer em estágio inicial com mais precisão do que as atuais tomografias.
Quem faz parte destes estudos?
Além do braço direito da Organização Mundial de Saúde, a Agência Internacional, este estudo também está contando com colaboração do MD Anderson Cancer Center e da Universidade do Texas nos Estados Unidos.
Relatório do Inca no Brasil
Segundo o Inca, Instituto Nacional do Câncer, líder dos estudos oncológicos no Brasil, 90% dos casos de câncer de pulmão identificados no país estão associados ao tabagismo.
Nos últimos anos mais de 24 mil mortes são relatadas anualmente decorrente de pacientes com câncer de pulmão.
O Inca ainda cita que após a identificação do câncer, a sobrevida média do paciente é de até cinco anos. Alguns casos são identificados e conseguem ser revertidos através do tratamento, porém cada organismo reage de uma forma diferente podendo ou não haver cura.