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90% das saladas de fast foods e delivery prontas estão contaminadas, segundo pesquisa

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Uma pesquisa recente realizada em Campinas (SP) criou um alerta para a população que tem o costume de pedir saladas em redes de fast food, bem como lanches que levam as saladas em suas composições. A pesquisa também abrange as refeições com os vegetais em situação de delivery.

Optar por opções mais saudáveis podem nem sempre significar que são as mais higiênicas. Saladas e refeições que são prontas para o consumo podem conter um alto risco de contaminação, caso em que a pesquisa acabou encontrando bactérias em 90% das amostras de saladas que foram analisadas.

As bactérias encontradas são responsáveis por causar enfermidades ligadas a infecções pulmonares, intestinais e até mesmo a faringite. Os testes foram realizados pelo Centro Universitário UniMetrocamp Wyden em saladas consideradas “in natura”. Foram avaliadas doze opções de entregas feitas por delivery e também oito opções comercializadas por fast foods.

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Das vinte opções analisadas, dezoito continham uma quantidade dez vezes maior do que a tolerável pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), de coliformes fecais.

Segundo a Anvisa, todas as opções de saladas com verduras e legumes crus, independente se estão ou não temperados, o limite máximo de unidades formadoras de colônias por grama ou mililitro deve ser de 100. Já para a bactéria conhecida como salmonella, a ausência deve ser total.

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Como informado, apenas duas das dezoito opções analisadas (que não tiveram o seu nome identificado) estavam 100% boas para consumo.

Resultado da pesquisa

A pesquisa encontrou 1000 unidades de colônias em cada grama de amostras. A quantidade de coliformes fecais encontradas surpreendeu os pesquisadores. Eles citam que o principal objetivo é poder chamar a atenção daqueles que fazem o consumo e também dos comerciantes, para que possam melhorar a forma como eles são tratados e servidos.

Os vegetais e legumes presentes nas saladas, muitas das vezes já contam com opções inadequadas de plantio, adubo, fertilizantes, venenos, etc. Por isso a importância do modo correto de lavagem e preparo deve ser seguido a risca.

Segundo a coordenadora da pesquisa, esses produtos já chegam ao comerciante com uma grande quantidade de bactérias e outros micro-organismos, principalmente alimentos que são consumidos com casca, como tomates, cenouras, etc. Mas a maior atenção deve ser com relação a lavagem de hortaliças como o alface. Esses ficam em contato por muito tempo com o solo, sendo propenso a desenvolver micro-organismos e pelo fato de não ser possível retirar uma “casca” a única forma de eliminar as bactérias é através da lavagem correta.

O certo é realizar a lavagem novamente

A indicação é de que todos os legumes e vegetais sejam lavados novamente antes de realizar o consumo ou coloca-lo à venda. A melhor forma de eliminar bactérias é através da higienização com o uso de água sanitária.

É recomendado que todas as saladas fiquem de molho por pelo menos 15 minutos em uma combinação de água com água sanitária. A dosagem ideal é de 10ml de água sanitária para cada litro de água potável. Após deixar de molho, lave novamente em água corrente e está pronto para o consumo.

Outra dica dada pela coordenadora é que em casos onde não é possível realizar a higienização, a melhor forma de eliminar as bactérias é temperar as saladas com limão ou vinagre. O ato não garante 100% que os micro-organismos sejam eliminados, mas pode ser de grande ajuda.

Além disso, a indicação é de que todos os utensílios que possam ter contato com os ingredientes da salada, estejam também higienizados com água sanitária. No caso de comercialização, os procedimentos ainda devem ser realizados com o uso de máscara, touca de cabelo e luvas.

Bactérias presentes nas saladas de fast foods e delivery

A pesquisa das alunas Milene Almeida, Jacqueline Camargo e Tamires Teixeira, para o TCC sobre o curso de graduação em biomedicina tem criado um alerta para a população. Todos os testes foram realizados na própria universidade e segundo elas está 100% garantido que os resultados são realmente estes.

Além da alta quantidade de coliformes fecais, em onze amostras as alunas encontraram uma bactéria chamada de Escherichia Coli, presente na microbiota intestinal de humanos e animais. Outra bactéria que é responsável por prejudicar ainda mais pacientes que estejam debilitados, conhecida como Pseudomonas aeruginosa, foi encontrado em quantidades que estão acima de um milhão de unidades em uma das amostras.

Outras substâncias encontradas nas saladas como leveduras, bolores e também uma bactéria chamada de Staphylococcus aureus, que pode causar uma intoxicação alimentar, indicam a falta de higienização nos alimentos.