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OTAN faz reunião de emergência após críticas de Trump sobre gastos militares

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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte, a famosa OTAN (ou NATO) realizou a convocação nesta quinta-feira, dia 12 de julho, de uma reunião em caráter de emergência, com a cúpula do grupo, a fim de tratar da questão dos gastos militares nacionais dos países que integram a organização, após inúmeras críticas e acusações feitas pelo presidente americano Donald Trump, segundo informam diversas fontes. Essa conversa aconteceu à portas fechadas com os chefes de Estado de 29 países.

Em uma reunião com os respectivos presidentes da Geórgia e da Ucrânia, que não fazem parte da aliança, ele aproveitou o tempo de que dispunha para se expressar para poder tocar novamente no assunto dos gastos militares.

Conforme afirmam alguns rumores – não confirmados – o presidente estadunidense havia endurecido seu discurso, dizendo que se os aliados europeus não cumprissem as suas exigências ele iria tomar medidas drástico, chegando até mesmo ao ponto de ameaçar dizendo que os EUA abandonariam a organização, se fosse o caso. O posicionamento mais concreto e efetivo dos EUA a respeito da situação toda se daria em uma circunstância posterior.

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Além disso, no dia anterior, em outra cúpula realizada na quarta-feira, dia 11, Trump teria até mesmo chegado ao ponto de chamar os aliados europeus de delinquentes e dizer que a Alemanha seria “prisioneira da Rússia”.

Segundo revelado por algumas fontes da Reuters, Donald Trump teria quebrado o protocolo de não tratar os líderes de outras nações pelo primeiro nome. Ele disse “Angela, você precisa fazer alguma coisa”.

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Essa reunião foi fechada, retirando-se a pedidos, o Afeganistão e a Geórgia, para que os demais pudessem debater esse assunto pertinente ao orçamento.

Durante toda a reunião da cúpula Trump se valeu de um tom bastante agressivo, tecendo questionamentos acerca dos princípios de uma aliança que foi durante muito tempo completamente determinante da política externa americana. Apenas ao final do encontro desta quinta-feira ele teria adquirido um tom mais ameno e conciliatório.

Em diversas postagens na sua conta pessoa no Twitter, ele se queixado previamente de que os EUA gastam uma enorme quantia de dinheiro para assegurar a proteção da organização, ao passo em que os países da Europa não fazia o mesmo.

Esse encontro extraordinário evidenciou mais uma vez o momento complicado no relacionamento transatlântico, depois de um primeira dia de reunião, no qual as nações assinaram uma declaração conjunta. O tema das finanças teria ficado para trás, com o devido comprometimento dos países integrantes de progredir em direção a um consenso.

Normalmente, os Estados Unidos solicitam que os aliados europeus dêem um upgrade nos seus investimentos em defesa e alcancem um patamar mínimo de 2% do PIB. A Alemanha, por exemplo, só gasta 1,2% do PIB atualmente.

Todavia, de forma inesperada, Trump começou a sugerir que eles ampliassem ainda mais os gastos, atingindo o valor de 4%. Ele demandou, de acordo com diplomatas presentes no local e ouvidos por agências de notícias que não somente os valores se elevasse, mas que esse processo, se acelerasse: os 2% deveriam ser atingidos até o fim do ano e os 4% até 2024.

Essa elevação nos gastos de defesa seria justificada, segundo o secretário-geral da OTAN, por causa do acirramento das tensões.

Entretanto, esses aumentos são considerados impraticáveis pelas lideranças europeias. Não apenas por uma questão orçamentária, mas por causa também do eleitorado.

Trump, ao final da cúpula disse estar contente com o que foi debatido e que houve comprometimento com a meta por parte dos europeus, algo que Merkel afirmou que não teria sido bem assim, que não houve nenhuma promessa. As discussões continuam.