Jairo Souza, o dr. Jairinho, foi um dos políticos em ascensão no Rio de Janeiro ao longo dos últimos anos. Desde 2004, quando viveu sua primeira campanha, e ganhou, Jairinho jamais se afastou da carreira política. “Dr.” por ser graduado em medicina e Jairinho, no diminutivo, por ser filho do coronel Jairo, também político e influente na cidade.
Jairinho esta preso atualmente em decorrência das investigações sobre a morte do menino Henry, seu enteado. No entanto, essa não é a primeira vez que o parlamentar é alvo de interesse da Polícia Civil.
Herdeiro político do pai, Jairinho já foi associado a milícia ao longo dos anos, mas nunca foi processado e nega os supostos envolvimentos.
Em 2011, o fotógrafo Nilton Claudino revelou detalhes de uma sessão de tortura da qual foi vítima por 7 horas. Ele e outra jornalista foram sequestrados na Favela do Batan, onde foram torturados por milicianos. No relato, o fotógrafo relata que, durante a sessão de agressões, um “vereador, filho de deputado estadual” estava presente e também participou das agressões.
As atenções foram voltadas a Coronel Jairo, que não foi indiciado, e também a Jairinho, que nem chegou a ser investigado. Além disso, uma pesquisa do sociólogo Ignacio Cano, do LAV (Laboratório de Análise da Violência) da Uerj, revelou que Jairinho era mencionado por suposto envolvimento com a milícia.
Já em 2008, Coronel Jairo foi citado na CPI das milícias, mas não foi indiciado por falta de provas.
Via: folhape.com.br