A família da atendente Andreia Alves Silva ainda tenta digerir tudo que aconteceu nas últimas semanas. Andreia morreu dias depois de comemorar a cura da covid-19, depois de uma maratona de idas e vindas do hospital.
Andreia começou a ter sintomas ainda em fevereiro, quando procurou a Unidade Pré-Hospitalar (UPH) Zona Oeste pela primeira vez. Com um diagnóstico de pneumonia leve, ela foi encaminhada de volta para casa.
Quatro dias depois, Andreia apresentou novos sintomas e voltou a procurar a UPH. Novamente, foi medicada e mandada de volta para casa. Andreia já estava com o pulmão comprometido, conforme exames revelaram, ainda assim foi mandada de volta para casa.
Dois dias depois, ela retornou à UPH, mais uma vez se queixando de piora nos sintomas. Desta vez, ela fez o teste da covid e enviada de volta para casa com remédios, embora os médicos não tenham esperado o resultado do exame. Mais tarde, ainda no mesmo dia, ela voltou a passar mal e procurou mais uma vez a UPH.
Dessa vez, a família foi informada de que a paciente seria internada e transferida. Andreia foi levada ao Hospital Santa Lucinda, onde permaneceu apenas dois dias e teve alta. Ela voltou para casa e chegou a comemorar com o filho por mensagem.
Ela permaneceu alguns dias em casa até voltar a passar mal. Dessa vez, no primeiro dia de março, já muito debilitada, Andreia foi intubada. A família soube pouco tempo depois que Andreia não havia resistido.
Adriele, irmã de Andreia, demostra choque ao falar sobre o caso. “Não teve velório e acho que isso é o que mais dói na gente, sabe? Minha irmã sempre foi alegre, contagiante. Ela não imaginava que pegaria Covid”, conta.
Via: g1.globo.com