O Ministério Público investiga uma denúncia feita por alunos e servidores da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), em Paulo Afonso, norte da Bahia. De acordo com a denúncia, policiais militares estariam burlando regras para ingresso na Universidade.
De acordo com a denúncia, os policiais estariam se valendo inadequadamente de uma lei ex officio para ingressar no curso de Medicina, além de garantir ingresso de cônjuges e dependentes. Através do esquema, os PMs seriam capazes de evitar a necessidade de ingressar pelo SISU.
O esquema funcionaria da seguinte forma: depois de ingressar em um curso de medicina particular, os suspeitos então pediam transferência para a Universidade Federal, evitando a seleção através de Enem e Sisu, algo que é irregular.
A suspeita começou depois de um aumento repentino de militares entrando no curso de medicina, além de pessoas relacionadas a militares. Segundo apuração do G1, o suposto esquema acontece desde 2017.
Pelo menos 27 casos foram identificados, o que levou a uma investigação do Ministério Público Federal. A reportagem também expôs o caso de um militar que deixou o curso de medicina em uma faculdade privada para se transferir para a Univasf, depois que a própria esposa conseguiu se transferir de um curso de Educação Física para o curso de Medicina.
De acordo com testemunhas, o caso começou a partir de um comandante da 20ª Companhia Independente da Polícia Militar (CIPM), que supostamente ensinava o esquema aos subalternos.
Via: g1.globo.com