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Morreu Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU

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Kofi Annan,que foi o secretário geral da Organização das Nações Unidas (ONU) entre os anos de 1997 e 2006, morreu agora neste sábado, dia 18 de agosto de 2018. Ele foi o primeiro homem negro de origem africana a ocupar o referido cargo e o primeiro funcionário das organização a subir ao cargo dentro do secretariado-geral, além de igualmente ter sido responsável pelas Missões de Paz em momentos críticos como o genocídio no Ruanda ou a Guerra dos Balcãs.

Uma das maiores realizações da sua gestão, dentre diversos processos de reforma interna e a instauração de metas para o mundo, foi a mediação no processo de independência de Timor Leste. Ele ocupava o cargo no fatídico 11 de Setembro e na guerra do Iraque. “Kofi Annan era, de muitas maneiras, as Nações Unidas”, declara António Guterres, atual secretário-geral da ONU.

A informação sobre sua morte teve confirmação da Fundação Kofi Annan e da própria família do diplomata, que lembra dele como “um estadista global”. Faleceu em um hospital de Berna, na Suíça.

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Kofi Annan recebeu também o Prêmio Nobel da Paz no ano de 2001, numa consideração e destaque compartilhado com as próprias Nações Unidas.

Ele era “uma força condutora para o bem”, falou ainda António Guterres por meio do Twitter, expressando “profunda tristeza”. Foi pelo mesmo canal que a família e a fundação que leva o seu nome divulgaram a notícia da morte do diplomata de Gana.

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“É com tristeza imensa que a família Annan e a Fundação Kofi Annan anunciam que Kofi Annan, antigo secretário-geral das Nações Unidas e Prémio Nobel da Paz, morreu pacificamente no sábado 18 de Agosto após uma curta doença”, afirma o comunicado compartilhado no perfil do próprio Annan no Twitter.

“Kofi Annan era um estadista global e um internacionalista profundamente empenhado que lutou ao longo da sua vida por um mundo mais justo e mais pacífico. Durante a sua distinta carreira e liderança das Nações Unidas foi um defensor ardente da paz, desenvolvimento sustentável, dos direitos humanos e da justiça.”

A mesma nota conta que o diplomata estava na companhia de sua mulher e de seus três filhos nos últimos dias de vida e que depois de ter deixado o cargo de secretário-geral da ONU permaneceu trabalhando “na causa da paz” por intermédio da sua fundação e como integrante da direcão da organização The Elders, fundada pelo saudoso Nelson Mandela.

“Era uma inspiração”, é possível ler no comunicado, que frisa Annan como sendo “filho do Gana” que “sentia uma responsabilidade especial para com África”. “Emanava bondade genuína, era caloroso e brilhante em tudo o que fazia.”

Annan foi o sucessor do egípcio Boutros Boutros-Ghali no comando das Nações Unidas e ao fazer isso foi a primeira pessoa oriunda da própria organização a subir ao cargo de secretário-geral. Ele foi o sétimo secretário-geral da ONU após ter crescido no seio de uma família aristocrática ganesa e que possuía como avós chefes tribais.

A sua trajetória nas Nações Unidas iniciou-se na Organização Mundial de Saúde já em 1962, tendo sido brevemente encarregado do Turismo no Gana (1974-76), retornando à ONU em 1980 para liderar os recursos humanos do Alto-Comissariado para os Refugiados, partindo para outro cargo, administrativo, agora em Nova Iorque em 1983.

Até o ano de 1996 ocupou diversas funções na ONU, sendo a sua última missão antes de se tornar secretário geral nas Missões de Paz (1993-1996).

Esteve no cargo durante o genocídio ruandês ou durante a guerra dos Balcãs. Depois de alguns anos assumiria o cargo, como secretário-geral da ONU, tendo também considerado ilegal a invasão estadunidense e britânica ao Iraque em 2003.