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Ministério da Saúde emite alerta sobre vacinação contra paralisia infantil

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Nessa terça-feira, dia 03 de julho, o Ministério da Saúde emitiu um alerta bastante preocupante a respeito da paralisia infantil: cerca de 312 cidades brasileiras não aplicaram vacinas sequer em metade do contingente de crianças com menos de 1 ano em 2017.

Ainda que não haja nenhum caso recente de poliomielite, o Ministério da Saúde esclarece que tal preocupação pode ser explicada por essencialmente 3 razões:

  • O vírus da doença “andou” por volta de 23 países diferentes nesses últimos 3 anos;
  • a doença efetuou estragos devastadores no Brasil antes dela ter sido eliminada por causa da vacina;
  • ocorreu um caso de paralisia infantil na Venezuela em junho desse ano.

A possibilidade, ainda que não totalmente concreta, da paralisia infantil constar nos quadros epidêmicos do país, ela traz a tona a recordação de um lamentável passado que não foi vivenciado por diversas pessoas e o alerta do Ministério vai de encontro a esse sentido.

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Conforme afirmado pelo Ministério da Saúde, as pessoas criaram uma falsa sensação de segurança pelo fato da poliomielite e do sarampo terem sido erradicados e portanto acreditarem que a vacina para esses males é algo totalmente indispensável.

Graças a vacina, de acordo com o Ministério, o país não teria encarado um dos seus maiores problemas de saúde pública da sua história. Até a doença ter sido eliminada, foram quase 27 mil casos, entre os anos de 1968 e 1969. O ápice de casos registrados ocorreu em 1975, onde houve 3596 casos oficializados.

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Entretanto, foi apenas a partir de 1989, com uma intensa promoção de campanhas e de iniciativas a nível nacional que o país teve o último caso registrado da doença, no Estado da Paraíba.

De acordo com a historiadora da Casa de Oswaldo Cruz, Dilene Nascimento, o número de infecções que aconteceram foi provavelmente muito maior. Conforme afirma a especialista, quando havia alguém evidenciando ter contraído a doença, o caso era registrado apenas quando havia uma sequela propriamente dita e não apenas pela infecção.

Em outras palavras, como disse Dilene, para cada registro de sequela decorrente da pólio, havia pelo menos 99 situações de infecções pelo vírus da doença.

As sequelas ocorriam nos momentos onde houve maior incidência da doença. A medida que a mazela foi sendo controlada, esses índices foram reduzidos, assim como também a prevalência de infecções e circulação do vírus como um todo.

Foi somente em 1994 que o país obteve o certificado de erradicação da pólio. O certificado foi emitido pela OMS para todo o continente americano.

De que maneira a vacina contra a pólio é proporcionada no país?

A vacina contra a poliomielite é oferecida em todo o território nacional, durante o ano inteiro. Uma criança precisa tomar pelo menos doses da vacina para ser considerada imune.

Assim que a criança completa 15 meses, ela deve tomar um reforço da vacina, ministrada na forma de gotinhas.

Apesar do Ministério da Saúde efetuar campanhas a nível nacional duas vezes por ano, ela pode ser tomada em qualquer época.

O governo brasileira está empreendendo esforços para elevar as taxas de cobertura de vacinas a fim de que a pólio não tenha o mesmo fim que o sarampo, que voltou a acontecer.