Pelo menos 60 pessoas morreram e mais de 156 ficaram feridas ontem na segunda-feira, dia 23 de julho, por conta dos enormes e graves incêndios que atingiram a Grécia. 3 desses incendêndios aconteceram perto da capital do país, Atenas, de acordo com o último balanço oficial, divulgado pela agência EFE.
Todas as vítimas do incidente, incluindo crianças e adolescentes, foram encontradas em uma área situada entre o porto de Rafina, localizado a 30 km de Atenas e Nea Makri, por volta de 10 km ao norte.
Nikos Toskas, ministro da Ordem Pública na Grécia, insinuou que a origem dos focos desses incêndios pode ter um caráter criminoso. As autoridades decretaram estado de emergência e solicitaram ajuda europeia para poder combater as chamas.
Agora nessa terça-feira, dia 24 de julho, foram encontrados 26 corpos carbonizados na costa de Argyros em Mati, em torno de 15 metros do mar, conforme informou o prefeito de Rafina-Pikermiou, Evangelos Bournos, à agência estatal ANA-MPA.
O presidente da Cruz Vermelha da Grécia, Nikos Economopoulos, afirmou a SKAI que o grupo, que foi encontrado abraçado, acabou falecendo enquanto tentava fugir para o mar.
Antes disso, as autoridades gregas anunciavam um saldo de 24 mortos e um número superior a 150 feridos. O Ministério de Previdência informou que mais de 100 pessoas têm queimaduras de diferentes graus e 11 delas se encontram em estado crítico de saúde.
As autoridades decretaram o estado de emergência após as chamas terem forçado a desocupação de três vilas e o bloqueio da rodovia Olympia, uma das principais vias do país, que conecta a capital Atenas com o Peloponeso.
A Proteção Civil solicitou aos moradores do entorno das áreas ameaçadas que seguissem à risca as instruções dos bombeiros e abandonassem as suas casas.
De acordo com um porta-voz dos bombeiros ao canal público ERT, a situação é grave e complicada e se a população não cumprirem as recomendações, corre-se o risco de haver mais mortes.
Ao local onde se iniciaram os incêndios, Kineta, na região de Attica, as autoridades da Grécia encaminharam 74 veículos contendo mais de 150 bombeiros, respaldados por cinco helicópteros e outros veículos aéreos e terrestres. O Governo da Chipre mandou um operativo de 60 bombeiros para ajudar os seus amigos gregos.
A Grécia solicitou ajuda europeia para combater as chamas, de acordo com o afirmado por uma porta-voz dos bombeiros. Além de tudo isso, o primeiro-ministro Alexis Tsipras voltou mais cedo para a Grécia. Ele estava na Bósnia e regressou ao seu país para gerir a situação e deixou bem clara a sua vontade de que, a despeito das condições do clima, os incêndios consigam ser controlados.
Os incêndios já são classificados como os piores a atingir o país em mais de uma década.
Dimitris Tzanakopoulos, porta-voz do governo grego, disse na madrugada desta terça-feira que pelo menos 16 crianças acabaram ficando feridas. Entre o número de mortos, há um bebê de 6 meses que não conseguiu resistir a intoxicação pela fumaça e veio a falecer.
O país teve um inverno caracterizado como seco no começo deste ano e nesse momento, com as altas temperaturas registradas no verão, existiu condições propícias para o fogo se espalhar.