A família de Raynner Souza Figueiredo vive um novo pesadelo desde que descobriu que os restos mortais do menino não estão mais no cemitério municipal de São Gonçalo. A história é revoltante.
Raynner nasceu com um duro diagnóstico de anemia falciforme. O menino lutou bravamente pela vida, mas não resistiu e morreu aos 7 anos, em 2018. A família realizou o sepultamento no Cemitério Municipal São Miguel, na cidade de São Gonçalo, Rio de Janeiro.
Como acontece em muitos cemitérios municipais, a família foi avisada de que deveria realizar a exumação do corpo dentro de um período para evitar que o corpo fosse exumado e encaminhado para um ossário municipal.
É neste ponto que reside a contradição que resultou em um novo drama para a família. A gestão atual afirma que a família tinha dois anos para realizar a exumação, isto é, o prazo teria se encerrado em abril de 2020.
No entanto, a família possui documento provando que o prazo informado pela prefeitura, ainda em 2018, valia até abril deste ano, 2021. A exumação não autorizada foi descoberta justamente porque a família se preparava para realizar a transferência dos restos mortais do menino, para um cemitério em Niterói.
“Eu estou destruída de novo. Quando eu achei que já não tinha o que quebrar dentro de mim, eu já estou em pedaços novamente. Você tenta se reconstruir, eu todo dia acordava me preparando para a remoção, que não é fácil e agora vem isso. Como a a cabeça fica?”, relata a mãe do menino.
A prefeitura afirma que está em contato com a família para localizar o corpo, mas a família relata que não recebeu nenhum contato da administração atual. A mãe do menino acredita ainda que a exumação foi feita para abrir vagas em função da pandemia.
Jéssica Karen Alves Souza, de 32 anos, conta ainda que o jazigo onde Raynner estava era visitado constantemente, está ainda com a placa em seu nome e foi pintado de laranja, que era a cor favorita do menino. Jéssica afirmou ainda que vai registrar Boletim de Ocorrência.
Via: odia.ig.com.br