No final de julho, Matheus Pires, entregador do iFood, foi escalado para fazer a entrega de um pedido em um condomínio na cidade de Valinhos. Chegando lá, teve alguma dificuldade para encontrar a residência e isso simplesmente enfureceu o cliente: era o contabilista Mateus Abreu Almeida Prado Couto.
A partir de então, começam a ser desferidas ofensas variadas: o cliente chamou o entregador do iFood de lixo e até se utilizou do fato de ser branco para ofender o profissional, dizendo que ele sentia inveja da sua cor de pele.
Mateus Pires tomou providências para que a agressão fosse filmada sem que o contabilista percebesse e em poucos dias, a gravação veio à tona e causou revolta à população. A mãe do entregador se manifestou em uma rede social dizendo que educação vinha de berço e que isso o contabilista não tinha.
Por outro lado, o pai de Mateus Abreu declarou que ele tem problemas psiquiátricos. Mesmo assim, isso não fez com que as pessoas tivessem mais simpatia por ele e muitos nem mesmo acreditam nesse distúrbio, achando que se trata apenas de uma desculpa.
Por causa da indignação decorrente do episódio, diversos motoboys resolveram protestar na frente do condomínio onde o pedido foi entregue e Matheus foi agredido verbalmente. De acordo com um dos motoboys que participaram, a ação tinha como objetivo mostrar que profissional de delivery não é vagabundo.
Classe se tornou indispensável na pandemia
Nunca se falou tanto nos motoboys como neste ano de 2020. Com a pandemia e a indicação das autoridades de saúde de evitar sair de casa, entregas de todos os tipos passaram a ser realizadas por esses profissionais, como remédios e comida.
Inclusive, a quantidade de pessoas que começaram a trabalhar com delivery devido à paralisação de empresas e mesmo à perda do emprego é muito grande.
Além do apoio dos colegas de profissão e dos internautas, Matheus Pires recebeu também uma doação de moto