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1ª vacina contra Covid-19 será registrada na Rússia na semana que vem

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A Rússia está prestes a ser o país a registrar a primeira vacina contra a Covid-19. Anunciado pelo vice-ministro da Saúde, Oleg Gridnev, o fármaco está para ser registrado na próxima quarta-feira (12).

Profissionais da saúde e idosos, além de integrantes de outros grupos de risco, terão prioridade na administração das vacinas.

De acordo com o ministro da Saúde russo, Mikhail Murashko, o governo promoverá um programa de vacinação em massa a partir de outubro desse ano. Contudo, há uma série de dúvidas por parte de especialistas.

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Corrida tecnológica

A comunidade científica está cética quanto aos resultados, tendo em vista a açodada conclusão dos testes clínicos e a falta de transparência para divulgar os dados obtidos.

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A vacina sendo desenvolvida pelo Centro Nacional de Investigação de Epidemiologia e Microbiologia, o Instituto Gamaleya, é baseada em adenovírus.

O procedimento de registro vem em momento que o último estágio de testes, o terceiro, destinado a verificar a eficiência do fármaco, ainda não foi concluído, conforme declaração de Gridnev desta sexta-feira (7).

Normalmente, é só depois da conclusão do terceiro estágio de testes e da divulgação dos dados é que se dá início ao processo de registro de vacinas, uma vez que é só a partir dessa fase que se pode analisar os resultados de seu uso.

É por esses e outros motivos que a comunidade internacional vê a vacina russa com reservas. Cientistas temem que os testes clínicos do remédio foram insuficientes até o presente momento.

Transparência

Para agravar a situação, a Rússia sequer divulgou os resultados desses testes, que em geral são consolidados em estudos científicos e dados analisáveis. Com isso, a eficiência da vacina está sendo posta em dúvida.

Aliás, não foram divulgados resultados de quaisquer das fases associadas ao desenvolvimento de vacinas. Os primeiros estágios são os responsáveis por determinar se o remédio apresenta efeitos colaterais.

Já em abril, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, repassou a ordem ao governo para que as decisões do desenvolvimento da vacina fossem simplificadas, de maneira a encurtar os prazos de testes clínicos e pré-clínicos.