O dia a dia de quem desenvolve hanseníase já não é fácil por causa da doença e de todos os cuidados que ela demanda. Porém, o caso fica ainda mais difícil quando o remédio para o tratamento contra a doença não chega aos pacientes: é isso que tem acontecido no Distrito Federal e em outras regiões do país.
Pessoas que são diagnosticadas com hanseníase e procuram o Sistema Único de Saúde (SUS) estão tendo bastante dificuldade para levar para casa a medicação necessária porque ela não se encontra em estoque. O resultado é que o tratamento acaba sendo adiado, o quadro dos portadores da doença se agrava e ao período durante o qual a hanseníase é transmitida aos demais também se prolonga.
Uma das razões para que esses remédios não estejam sendo entregues da forma correta é a grande quantidade de medicamentos e insumos voltados ao coronavírus: eles estão tendo prioridade nos voos e em todas as etapas da cadeia logística por causa da pandemia.
Contudo, pacientes que sofrem com a hanseníase também têm necessidade de consumir os remédios o mais cedo possível, sobretudo porque as erupções na pele causam bastante desconforto.
A situação no SUS tem sido relatada não apenas pelos pacientes: há profissionais dos postos de saúde que também confirmaram a escassez de medicamento para tratar o que era chamado de lepra há vários séculos.
Para aqueles que têm necessidade de fazer uso dos remédios e não os encontra no SUS, uma solução é procurar o fórum da cidade e se informar sobre os pedidos judiciais para fornecimento de medicação.
Entenda mais da hanseníase
A hanseníase é causada pela Mycobacterium leprae, que é um tipo de bactéria, sendo preciso exames para que o diagnóstico seja confiável. Em alguns casos, os pacientes passam a vida toda cuidando das erupções da hanseníase e evitando que elas voltem; ao mesmo tempo, há pessoas que se curam em tempo menor.
Alguns dos sintomas da hanseníase são o surgimento de nódulos e bolhas pelo corpo.