Nesta quarta-feira (22), o Ministério da Cidadania, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF), a Polícia Federal (PF) e a Caixa Econômica Federal, divulgou um novo método de investigação de fraudes no auxílio emergencial.
Conforme o Ministério, foram enviados 1.303.127 CPFs à Caixa para que fosse bloqueado o recebimento do dinheiro emergencial e se pudesse averiguar cada um com maior detalhe.
O órgão suspeita de que há entre os CPFs enviados alguns que já foram cancelados ou que são inelegíveis para o recebimento do benefício.
Presidente da Caixa se pronuncia
O presidente da Caixa, Pedro Guimarães, manifestou-se em entrevista concedida nesta terça-feira (21) sobre a ação institucional. Segundo ele, o banco público suspendeu centenas de milhares de poupanças digitais por suspeita de fraude.
As contas de poupança digital sob a mira são aqueles que foram supostamente utilizadas para depósito indevido do auxílio emergencial, com posterior movimentação dos valores pelo aplicativo Caixa Tem.
Sem divulgar o número exato, Guimarães declinou que cerca de 5% dos aprovados tiveram as contas bloqueadas. Aqueles que sofreram bloqueio devem ir a uma agência da Caixa para comprovar sua identidade.
Fraudes
O Ministério da saúde informa as irregularidades à Caixa, que então tem o dever de apurar se houve fraude ou não.
Alguns exemplos de fraudes são casos em que o auxílio emergencial é pago para uma pessoa diferente da que tem o direito de receber o benefício. Entre outras hipóteses, isso pode acontecer por clonagem de cartão e acesso indevido a sistemas e contas.
Ainda, o Ministério da Cidadania tem como enfoque na ação encontrar e identificar grupos criminosos. É importante distinguir a atuação organizada e coordenada de um grupo das atuações individuais.
Isso porque, constatando-se a possibilidade de formação de quadrilha, os casos são encaminhados a unidades da Polícia Federal para investigação.
Por outro lado, verificando-se envolvimento de servidores públicos civis ou militares, cabe acionamento dos respectivos órgãos para apuração administrativa disciplinar.
A pasta da Cidadania destacou que já conseguiu recuperar R$ 83,6 milhões pagos em benefícios indevidos e incentivou o uso de seus canais de denúncia.