A Copa do Mundo 2018 na Rússia foi um sucesso, mas chegou ao fim, agora aguardamos ansiosos para a Copa no Qatar em 2020. Porém um caso chamou muito a atenção no último jogo da Copa, entre a França e a Croácia, onde a França saiu campeã mundial pela segunda vez.
O caso é que houve uma invasão no campo, que durante a transmissão teve poucas imagens, pois a FIFA opta por mostrar lances da partida, para não incentivar outros “torcedores” que queiram aparecer e ficar conhecidos mundialmente. A partida foi paralisada por alguns minutos, mas em pouco tempo o caso foi resolvido.
Mas afinal quem foram os invasores do campo na ocasião? Eles eram integrantes do grupo punk feminista conhecido como Pussy Riot, onde quatro dos invasores usavam uniformes policiais e outros denunciavam assuntos como as acusações criminais e prisões sem motivo concluso, pedindo a liberdade dos presos políticos no país.
Todos os invasores foram presos e receberam as acusações de violação dos direitos dos espectadores e também pela utilização de uniformes e símbolos policiais sem autorização.
O que acontece com eles agora?
Segundo a agência russa conhecida como Interfax, os membros poderão enfrentar multas de até 11,5 mil rublos, aproximadamente R$ 710, ou até 160 horas de serviço comunitário, pois não se trata de um crime “tão grave” no país. Na noite de segunda-feira (16 de julho) eles passaram na delegacia e depois foram encaminhados para uma audiência na corte de Moscou.
A invasão do campo
A invasão em campo aconteceu aos sete minutos do segundo tempo da partida, quando ela ainda estava sendo vencida pela França pelo placar de 2×1. No ato, um homem e três mulheres invadiram os gramados vestidos camisetas brancas, calças pretas e símbolos da polícia local. A invasão ocorreu atrás do gol da França no segundo tempo.
Os manifestantes foram vistos pelo presidente francês Emmanuel Macron, a presidente croata Kolinda Grabar Kitarovic e também pelo presidente russo Vladimir Putin, dos quais as autoridades acreditam, que eles eram os que “precisavam” ver a cena, afinal sabem da política da Fifa de não mostrar nada nestes casos.
Durante a invasão eles conseguiram correr aproximadamente 50 metros em direções opostas, porém foram derrubados e tirados de campo pelos fiscais que estavam na borda do campo. Em poucos segundos a partida foi reiniciada.
Um dos invasores foi empurrado pelo zagueiro Lovren (Croácia) e outro recebeu um aperto de mãos do atacante Mbappé (França).
O Pussy Riot
O grupo feminista é totalmente contra o governo Putin, por conta das opiniões sobre direitos humanos no país. O grupo é conhecido por suas críticas a liberdades civis na região.
Em 2012 as integrantes da banda punk russa foram presas após a realização de um protesto contra Putin dentro de uma igreja. Após o julgamento duas das três mulheres da banda presas, continuam usando o nome Pussy Riot em pró de seus ideais.
As três, Ekaterina Samutsevich, Alyojina e Tolokonnikova, ficaram presas por quase dois anos, além de processadas por terem improvisado na catedral de Moscou conhecida como Cristo Salvador, uma música herege chamada de “Maria mãe de deus, tire Putin”.
A música foi em protesto contra o apoio da igreja ortodoxa no país ao governo de Vladimir Putin.