A edição de 2018 do Fifa The Best, que elege o melhor jogador do mundo, está particularmente interessante. Dois resultados são possíveis: ou se verá de novo Cristiano Ronaldo ser eleito o melhor jogador do planeta pela sexta vez e se distanciar de Lionel Messi, o que soaria como pouco provável há algum tempo atrás, ou então essa “hegemonia” no título de melhor do mundo será quebrada após tantos anos.
Uma vez que o atleta argentino não está participando da final, o jogador de Portugal desta vez se encontra em uma disputa apertada com o croata Luka Modric, e o egípcio Mohamed Salah, que por sua vez corre por fora.
O anúncio do vencedor será divulgado nesta segunda-feira, na cerimônia estabelecida para começar às 15h30 (horário de Brasília) no Royal Festival Hall, na capital londrina. O SporTV realizará a transmissão ao vivo.
Há muito tempo não era possível assistir uma disputa tão equilibrada – ou CR7 ou Messi era indicando como sendo o grande favorito -, e sem obrigatoriamente ser concentrado em números. Por essa razão, Modric foi se fortalecendo já na sua estreia entre os finalistas.
Contabilizando cinco gols na temporada (Real Madrid e Croácia), o jogador do meio-campo está bem distante dos 54 gols de Cristiano (Real Madrid e Portugal) e dos 50 gols de Salah (Liverpool e Egito).
Ele também não ganha quando o assunto são as assistências. Modric tem 11 assistências, CR7 também tem 11 e o egípcio Salah tem 16. Contudo ele foi reconhecido por sua magnífica contribuição ao Real durante o tricampeonato da Liga dos Campeões e à seleção da Croácia na inesquecível campanha do vice-campeão da Copa do Mundo. O camisa 10 ganhou destaque na construção de jogadas, na divisão dos passes, na marcação e por fim na liderança.
Há menos de um mês, Modric foi capaz de deixar Cristiano Ronaldo e Salah no “chinelo” e ganhar o prêmio de melhor jogador da Europa, concedido pela Uefa. Isso ajudou a comprovar o potencial do jogador croata. Ele também foi considerado o melhor jogador da Copa da Rússia e do último Mundial de Clubes, ambos os eventos organizados pela Fifa, que igualmente promove o evento The Best.
No entanto, é importante ressaltar que isso não representa muita coisa, porque a função da entidade máxima do futebol nesse processo de eleição é escolher, através de um grupo de pessoas relevantes no mundo do esporte, como Ronaldo e Kaká nesta edição, quais são 10 finalistas de cada uma das categorias do prêmio. Esse novo molde estreou agora em 2018.
Partindo desse ponto, a votação foi concretizada pelos técnicos de seleções, capitães de seleções, um jornalista pertencente a cada um dos países integrantes da Fifa e os torcedores cadastrados no site do órgão. Todos esses grupos possuem 25% de peso na contabilidade final.
No meio dos especialistas não existe consenso. O técnico da seleção brasileira, Tite, deu seu voto para Modric como o melhor do mundo. O craque Rivellino concederia o prêmio para Salah, do mesmo modo que o ex-atleta Roger Flores, que hoje em dia é comentarista da TV Globo.
“Acho que o feito dele nessa temporada é muito grande. Ele bateu o recorde de gols em uma edição da Premier League (32), que para mim é a competição mais difícil da Europa. E também por levar o Liverpool à final da Liga dos Campeões. Tem o acidente na final (lesão em lance com Sergio Ramos), no início do jogo, que não deixou ele nem jogar a partida nem participar da Copa do Mundo no seu ápice físico” declarou Roger Flores.