O mal desempenho dos estudantes brasileiros avaliados no Pisa (Programa Internacional de Avaliação de Estudantes) no ano de 2015, fez o país ficar em 63ª posição na matéria de ciências, 59ª em leitura e 65ª em matemática.
Causas dos desempenhos emocionais ruins
Segundo avaliações de professores e especialistas, o resultado ruim do Brasil no teste, não foi somente pela falta de conhecimento dos estudantes a respeito do conteúdo.
E sim por causa de fatores emocionais, como: desânimo, falta de motivação e despreparo emocional. Além de erros encontrados em muitas questões, alguns estudantes brasileiros nem chegaram a terminar a prova.
Os resultados do Brasil chegam a ser piores que os da Colômbia, por exemplo. Em comparação com os estudantes de outros países, o aluno brasileiro gasta mais tempo nas primeiras questões da prova.
Isso porque, a preparação socioemocional não foi bem trabalhada, culminando na falta de atenção, falhas no aprendizado de conteúdo, ausência de resiliência, motivação e perseverança, na hora de fazer as provas.
Além disso, tais resultados negativos, poderão acompanhar os estudantes por toda a vida, levando-os a fracassos na vida pessoal e profissional, e afetando o crescimento de todo o país.
Importância do desenvolvimento emocional completo
As habilidades socioemocionais são construídas nos meios familiar e escolar dos estudantes, com atividades práticas e psicológicas adequadas, a fim de prepará-lo para resolver qualquer problema.
Apesar desses conhecimentos estarem sendo ministrados em toda a rede escolar do país, ainda assim necessita de divulgação e apuração mais profunda no tema, podendo evitar que os futuros adultos se envolvam com drogas, criminalidade, informalidade e desemprego social.
No ano de 2015, 32 mil alunos brasileiros de 964 escolas, fizeram as provas do Pisa. O exame foi aplicado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), sendo o principal medidor de ensino entre os países.
Uma nova prova foi aplicada em maio deste ano, com 19 mil estudantes brasileiros de 15 anos, em 661 escolas. Os resultados devem sair no segundo semestre de 2019.
No estudo sobre o desempenho do conhecimento adquirido pelos alunos, à medida que fazem a prova, a demora em resolver as questões, prova inicialmente o despreparo para a resolução dos exercícios, bem como o índice de atenção, motivação e persistência, caem drasticamente.
Portanto, muitos não conseguem terminar a prova, por falta de gestão do tempo, aliados a problemas de retenção de conteúdo e clareza emocional. Os mesmos problemas identificados no Pisa, podem ser encontrados no Enem.
A motivação intrínseca de cada pessoa, ao encarar a prova como um desafio de educação na avaliação do desempenho, moldam o cenário educacional em outros países, onde os estudantes se motivaram do início ao fim dos testes.
Existe também a motivação extrínseca, ou seja, a recompensa de ir bem em uma prova, o que não acontece no Brasil por exemplo, já que o aluno sabe que o resultado da avaliação não o afetará diretamente para o bem nem para o mal.