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Petrobrás obtém lucro de 10 bilhões do 2 trimestre, melhor resultado desde 2012

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(Por G1) A Petrobrás conseguiu um lucro líquido de 10 bilhões no 2º trimestre de 2018, de acordo com um balanço divulgado na data de hoje, sexta-feira (03/07). Esse resultado significa uma alta de 45% em comparação com o 1º trimestre, época na qual o lucro registrado foi de 6,96 bilhões e é praticamente 32 vezes mais alto que os índices observados no 2º trimestre em 2017 (que foi de 316 milhões).

Esse é simplesmente o melhor resultado trimestral nominal (sem  o ajuste de inflação) desde o 2º trimestre de 2011 (R$ 10,942 bilhões), conforme dados da Economatica.

No acumulado do 1º semestre, a Petrobras possui lucro de 17,03 bilhões de reais, uma elevação de 257% em comparação com o mesmo período do ano anterior e o melhor resultado semestral desde o ano de 2011.

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Especialistas consultados pelo jornal “Valor Econômico” calcularam um lucro de 6,5 bilhões de reais.

O resultado do 2º trimestre foi auxiliado pelo aumento das receitas com venda de combustíveis no mercado interno, ganho de participação no mercado de derivados no Brasil e pelos crescentes preços do petróleo no meses de abril a junho, que lograram ultrapassar a barreira dos 80 dólares.

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O faturamento da empresa atingiu 84,39 bilhões  de reais no 2º trimestre, um aumento de 13% na comparação anual.

Pontos importantes do balanço

No seu balanço, a Petrobras acredita que o bom resultado se deu pelos seguintes fatores:

  • Elevação da cotação do barril de petróleo e desvalorização do real, que culminou em maiores margens nas exportações de petróleo e nas vendas de derivados no Brasil;
  • Aumento de 6% nas vendas de derivados em comparação com o 1º trimestre, com destaque para a alta de 15% no diesel em volume;
  • Crescimento da participação no mercado de diesel subiu de 74% em junho de 2017 para 87% no mesmo mês deste ano, 2018; no mercado de gasolina, mudou de 83% para 85%;
  • Diminuição das despesas com juros por causa da redução do endividamento;
  • Menos despesas gerais e administrativas;

O endividamento e a venda de ativos

No que se refere ao final de 2017, a dívida líquida da Petrobras subiu R$ 4 bilhões, indo de R$ 280,75 bilhões em dezembro para R$ 284,02 bilhões em junho. Em dólar, todavia, o endividamento reduziu 13% na mesma comparação, mudando de US$ 84,87 bilhões para US$ 73,66 bilhões.

O endividamento líquido é fruto de todas as dívidas da companhia, menos o dinheiro que ela tem em caixa.

No semestre, de acordo com a estatal, a entrada de caixa com a venda de ativos foi de US$ 5 bilhões. Para diminuir o nível de alavancagem, a Petrobras tem como objetivo US$ 21 bilhões em desinvestimentos no biênio de 2017 e 2018.

O Ebitda (lucro precedentes aos juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado subiu em torno de 57% perante o segundo trimestre de 2017, para R$ 30,07 bilhões.

No balanço, a Petrobras salientou que a dívida líquida passou então a corresponder a 3,23 vezes o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda ajustado), em comparação aos a 3,67 no final de 2017. Com essas condições, a Petrobras mantém o compromisso de chegar ao final do ano na meta de 2,5.

A petroleira realizou o anúncio de uma nova antecipação de juros em cima do capital próprio aos acionistas no montante de R$ 652,2 milhões no segundo trimestre, mesmo valor distribuído no primeiro trimestre, somando R$ 1,30 bilhão no ano.