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Desconto do diesel é ignorado em diversos postos de gasolina

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Na semana passada, por conta da greve geral dos caminhoneiros, foi determinado que haveria R$ 0,46 de desconto em todos os postos de gasolina brasileiros para quem comprasse diesel. Porém, são muitos os estabelecimentos que não estão seguindo isso e vendem o combustível com os R$ 0,46 indevidos.

O Ministério da Justiça tem recebido uma série de denúncias, disponibilizando até um número de WhatsApp para que os caminhoneiros e a população em geral possam avisar sobre os postos que estão descumprindo a decisão. Até o dia de ontem (4), já teriam sido milhares de denúncias.

O motivo para que se tenha esse desconto nos postos de gasolina é que essa redução já vem das refinarias. Já que o valor de lá está mais barato, é obrigatório que quem abastece também desfrute desse preço menor.

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Foi criada uma espécie de comissão para averiguar quais foram os danos por conta da greve de 11 dias feita pelos caminhoneiros. Um dos integrantes é Raul Jungmann, ministro da Segurança Pública.

De acordo com ele, é obrigatório que o desconto esteja muito visível para os cidadãos. Esse aviso aos consumidores pode ser feito por intermédio de faixas, de cartazes ou de placas, dependendo do que for mais viável para o estabelecimento. Entretanto, essa publicidade é obrigatória, inclusive tendo sido citada em uma portaria do Governo.

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Outra declaração do ministro é de que os postos que não estiverem dando esse desconto vão ser multados e que não haverá chance de perdão posterior da multa. Para maior credibilidade, Jungmann até mencionou empresários que já acumularam R$ 40.000.000,00 apenas por causa de multas e reforçou que não existirá possibilidade de anistia dos montantes.

Além do Ministério da Justiça, há outras instituições que estão cooperando com a fiscalização dos descontos: a Secretaria de Defesa do Consumidor e o Serviço de Proteção ao Consumidor (PROCON). Cada vez que a pasta de Jungmann recebe as denúncias, ela manda para essas duas instituições a fim de se fazer a confirmação.

Como funcionará o monitoramento dos descontos?

Existe um grupo incumbido de desfazer diversas Fake News relacionadas ao desconto e a quaisquer paralisações novas, especialmente enquanto se está no período de eleições. O motivo é que muitas pessoas, tendo motivações políticas, podem disseminar notícias falsas a fim de favorecer certos candidatos.

Esse grupo também ficará atualizado sobre os resultados negativos que a paralisação dos motoristas ocasionou, procurando por maneiras de amenizá-los. O ministro Jungmann declarou que as redes sociais serão um grande mecanismo para que as Fake News e os efeitos da paralisação sejam acompanhados, podendo-se até mesmo requisitar apoio judicial.

Consequências para os postos descumpridores do desconto

Quando for atestado que o posto de gasolina não está concedendo os R$ 0,46 de desconto, as consequências aplicáveis são cassação da licença, multa que pode ser de quase R$ 10.000.000,00, interdição do local e também suspensão temporária.

Greve dos caminhoneiros

Todo esse impasse referente ao desconto nas refinarias e nos postos de gasolina iniciou-se por causa da greve dos caminhoneiros e das exigências que esses trabalhadores tinham. Uma das coisas solicitadas era que se tivesse um preço menor nas refinarias, além de que o imposto CIDE fosse cancelado.

Ao todo, essa classe ficou 11 dias com os caminhões estacionados e o país ficou quase sem combustível, inclusive para os aviões. Outra consequência foi o desabastecimento dos mercados e de diversos outros negócios. Muitas empresas, por exemplo, mandaram os seus funcionários para um descanso forçado, visto que não havia material ou até comida para eles. Agora, o abastecimento de quase todos os produtos está normalizado.