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Bolsonaro não descarta furar teto de gastos

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O presidente Jair Bolsonaro, em transmissão ao vivo em suas redes sociais na quinta-feira (13), admitiu que considera furar o teto de gastos para algumas exceções, um dia após pregar responsabilidade fiscal.

De acordo com o presidente, exceções podem ser abertas para furar o teto em virtude do combate à pandemia do coronavírus e obras importantes no Nordeste.

Sem citar nomes, Bolsonaro alfinetou Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados, por dizer à imprensa que não admitiria “jeitinho” para furar o teto de gastos instituído pelo governo Temer.

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Formalizada como emenda constitucional, a regra impede que as despesas do orçamento governamental de Brasil cresçam acima da inflação registrada no ano.

Neoliberal na economia?…

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Bolsonaro pediu ao mercado “um tempinho” e mais “patriotismo” se a questão vier a bater no teto de gastos. O mandatário sugeriu que as informações podem ter sido vazadas por pessoas interessadas.

Citando eventual acionamento da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a autoridade reguladora do mercado de capitais, o presidente considerou a possibilidade de vazamento da informação para ganho próprio.

Por outro lado, Bolsonaro salientou que o dinheiro é curto para os Ministérios e o cenário da pandemia pede responsabilidade fiscal.

“Em torno de 95% do orçamento é comprometido, e a briga, no bom sentido, é salutar”, relatou o chefe do Executivo. “Existe e nós vamos ter problema. A previsão para arrecadar ano que vem vai cair.”

Tem que ver esse benefício aí

O presidente Bolsonaro não se mostrou simpático à possibilidade de mais um prorrogamento no auxílio emergencial.

O projeto inicial do governo, parcialmente alterado pelo Congresso, era de pagar o benefício de R$ 600 por apenas três meses. Em julho, o governo aceitou prorrogar o auxílio por mais dois meses, mantendo o valor.

Agora, aventa-se a possibilidade de prorrogar o pagamento do dinheiro até março, com redução das parcelas.

“Tem gente que demagogicamente acha que deve ser prorrogado indefinidamente. São aproximadamente 65 milhões de pessoas, com R$ 600. Está na casa de R$ 50 bilhões por mês”, consignou o presidente.

“Alguns falam que é dinheiro do povo: não é, é endividamento”, acrescentou o mandatário.

Economistas, de outro lado, argumentam que o gasto público é um investimento para aquecer a economia, como tem feito países como os Estados Unidos.