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Atentados no Paquistão matam 132 pessoas e fere outras 70

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Nesta sexta-feira, dia 13 de julho, ocorreram dois atentados terroristas durante comícios eleitorais no Paquistão, deixando um saldo total, somando-se as vítimas de ambos os atentados, de 132 mortos e aproximadamente 70 feridos, de acordo com informações dadas por autoridades locais. Esses atentados tiveram motivação política. Eles estão relacionados, de certa forma, com as eleições legislativas, que serão concretizadas no dia 25 de julho, em um clima de muita tensão e ânimos acirrados, por conta da volta do ex-premiê Nawaz Sharif ao país.

Reuters/Reprodução

Os ataques acontecem em um momento no qual o governo interino do Paquistão efetuou repressões contra agrupamentos políticos com Sharif, que havia sido derrubado do poder pela Suprema Corte em 2017 e recebeu uma condenação por corrupção, na semana passada, em ausência.

Um dos referidos ataques aconteceu no interior de um complexo no qual estava ocorrendo um comício político, em Mastung, a 40 km da cidade de Quetta, que por sua vez é a capital da província do Baluquistão, no Sudoeste do país, causando a morte de 128 pessoas. Esse constitui-se no ataque mais letal no país em um período de mais de um ano e o terceiro incidente ligado às eleições nesta semana.

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O Estado Islâmico reivindicou a autoria do ataque, de acordo com a própria agência de notícias pertencente ao grupo, a Amaq.

Conforme o que foi afirmado pelo chefe da Defesa Civil da província de Baluquistão, Agha Umar Bungalzai, o ataque intencionava uma reunião organizada por Mir Siraj Raisani, que era até então candidato à assembléia provincial. Mir Siraj Raisani foi uma das vítimas fatais do atentado. Ele ainda estava vivo instantes após a ocorrência do ataque, porém não resistiu aos ferimentos no momento em que era transferido para um hospital da cidade de Quetta. Raisani concorria ao cargo de deputado pelo partido Baluchistan Awami Party (BAP). O irmão dele, Raji Rasani, que é igualmente candidato à assembleia provincial, disse que seu Mir Rasani foi martirizado.

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Além de militantes islâmicos ligados ao Estado Islâmico, outros conectados ao Taleban e à Al Qaeda atuam na província, que faz parte da fronteira com o Irã e o Afeganistão. Há também um levante étnico que luta contra o governo central.

O segundo ataque consistiu em uma bomba escondida em uma moto, que explodiu próximo da Bannu (noroeste) no momento que o comboio de outro candidato passou por ali, ocasionando 4 vítimas fatais e ferindo outras 40, de acordo com a polícia.

O alvo político era Akram Khan Durrhani, que era representante de uma coalizão de diferentes partidos religiosos. Um aliado de Sharif, Muttahida Majlis-e-Amal, conseguiu sobreviver ao ataque.

Na terça-feira, dia 10 de julho, um atentado terrorista suicida, assumido pelo Tehreek-e-Taliban Pakistan (TTP, Movimento dos Talebans Paquistaneses) também tinha como alvo um comício eleitoral do partido Awami National Party (ANP) em Peshawar. 22 pessoas morreram, incluindo nesse saldo o candidato à Assembleia provincial, Haroon Bilour.

O ANP, majoritariamente secular e pashto nacionalista, compete juntamente partidos islâmicos pelos votos nas instáveis terras pashto do Paquistão, na fronteira com o Afeganistão.

Peshawar é uma região que se configura como um portal de acesso  para conturbadas regiões tribais do Paquistão. Ela foi local nos últimos anos de inúmeros atentados contra políticos, reuniões de caráter religioso, forças de seguranças e até mesmo escolas.