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Mais de 300 cidades brasileiras não vacinaram nem metade das crianças contra Poliomielite

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O Ministério da Saúde publicou um alerta alarmante sobre a vacinação contra Poliomielite. O alerta foi divulgado nesta última terça-feira (03 de junho), e informou que 312 municípios brasileiros estão com uma baixa taxa de cobertura da vacina para crianças, contra a poliomielite.

Segundo o MS, as cidades não conseguiram vacinar nem metade das crianças de faixa etária menor do que um ano. A recomendação internacional é de que ao menos 95% das crianças sejam vacinadas, algo que no Brasil atualmente a média está em 77%.

O Ministério da Saúde porém informou que não há casos de paralisia infantil no Brasil desde 1989, na cidade de Souza na Paraíba. Porém o alerta serve para que seja possível evitar um retorno desta doença, visto que em uma cidade da Venezuela, nossa vizinha houve um caso em junho.

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O vírus da Polio, tem circulado em mais de 23 países nos últimos anos, um alerta para a população mundial, aplicar devidamente todas as vacinas nas crianças.

O que é a poliomielite?

A Poliomielite é conhecida também como paralisia infantil. Esta doença é contagiosa e a forma de contágio é aguda. Ele é feito através do poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3) e é capaz de infectar adultos e crianças através de secreções via oral ou fecal daqueles que que estão infectados. O vírus depois de instalado no receptor, pode ou não desenvolver paralisia.

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O vírus acaba se multiplicando nos intestinos ou na garganta, onde o próximo é penetrar no organismo através da corrente sanguínea, uma vez que chegue a este estágio ele pode se instaurar no cérebro comprometendo o sistema nervoso e destruindo os neurônios motores, provocando uma paralisia flácida, principalmente dos membros inferiores.

Em estágio avançado, a enfermidade pode se tornar mortal, pois podem danificar o sistema neural responsável pelo controle da respiração e também dos músculos da garganta responsáveis pela deglutição.

Sintomas da Poliomielite

A incubação ocorre normalmente entre 7 e 14 dias, mas pode variar em até 35 dias. Em boa parte o vírus pode ser assintomático, porém isso não impede que a sua transmissão seja feita através do contato das fezes, água e alimentos utilizados pelo portador.

Os sintomas nas formas não paralíticas contam com características ligadas a dor de cabeça, dor no corpo, na garganta, mal estar, febre, constipação, diarreia, vômitos, espasmos e até mesmo meningite.

Já na forma que tem capacidade de paralisar os membros, assim que a infecção atinge os neurônios motores, além dos sintomas acima, também são identificadas flacidez muscular nos membros inferiores.

Vacinação pelo Brasil

No Brasil a vacinação contra a poliomielite está disponível em todas as unidades de saúde, durante o ano todo. Mas durante o mês de agosto, irá acontecer uma campanha de nível nacional, entre os dias 06 e 31, para que a divulgação da importância de levar as crianças para realizar a vacinação seja propagada.

Todas as crianças que tenham 5 anos ou menos devem ser devidamente vacinadas.

O caso gerou um alerta no Brasil, após uma criança indígena de dois anos na Venezuela ter sido identificada com a doença no último mês de junho. Felizmente o caso foi descartado, porém o MS ficou em alerta sobre a baixa cobertura de vacinação no Brasil.

23 países viveram surtos esporádicos de poliomielite entre os anos de 2004 e 2017. Entre estes países estão, Madagascar, Moçambique, Miamar, Indonésia, China, Somália, Paquistão, Nigéria, Camarões, Niger, Quênia, Chade, Afeganistão, Congo, Yemen, India, Ethiópia, Camboja,  Ucrânia, Síria, Guiné, Sudão e Laos.

No Brasil a doença era muito “comum” na primeira metade da década de 1980. Assim a elevação anual de sequelas físicas foi enorme para o período, o que levou o Ministério da Saúde a criar diversas campanhas de conscientização a vacinação, o que acabou erradicando a doença.

Brasil em alerta

O MS informou que com a circulação do vírus em países vizinhos e também em diversos locais do mundo, é necessário obter uma alta taxa de cobertura vacinal, para que a doença não volte e tome proporções pelo país.

Segundo o presidente do Ministério da Saúde, quando há uma baixa na cobertura nacional de vacinação, são criadas diversas campanhas de conscientização. Ele ainda informou que é preciso reforçar a imunidade da população e então criar um cinturão para que a doença volte a circular pelo Brasil.

O MS informou que as cidades listadas na baixa taxa de vacinação, deverão reorganizar as redes de saúde e também readequar os horários de acordo com a rotina da população local. É necessário também fazer um reforço de parceria com escolas e creches, justamente por ser um ambiente que pode tanto espalhar o vírus com maior facilidade, como conscientizar o núcleo familiar, levando as crianças para a vacinação.

O Governo informou que irá reorganizar as campanhas de divulgação nacionais e pede para que todos os estados e municípios mantenham o sistema de informação sobre as campanhas totalmente atualizados.