O jovem Guilherme Henrique Pereira, que era habitante da Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro, foi assassinado a tiros na quarta-feira, dia 20, na parte da noite.
De acordo com informações reveladas pela família, o garoto, de apenas 14 anos de idade, ainda estava com o uniforme da escola, andando de bicicleta, quando acabou tomando os tiros.
A tragédia aconteceu durante um ataque realizado por criminosos na calçada de uma rua na Vila Vintém, na Zona Oeste do Rio de Janeiro.
O pai do menino, Roberto Carlos Natal, cozinheiro, disse que o garoto havia acabado de chegar do mercado com a mãe e sentiu a necessidade de cortar seu cabelo. Como não encontrou nenhuma barbearia aberta, decidiu voltar ao lar e foi exatamente nesse instante que um carro prateado passou atirando e ele foi atingido em cheio.
Pessoas próximas ao garoto fizeram denúncias afirmando que mesmo agora decorridas 40 horas do assassinato a Polícia Civil da Capital carioca ainda não efetuou nenhum tipo de perícia no local onde o crime foi cometido, não chamou os pais do adolescente e tampouco convocou testemunhas para depor.
Durante a ação, além do garoto, mais outras duas pessoas foram feridas: de 34 e 16 anos.
A denúncia acerca da carência de investigação por parte da polícia foi feita por familiares do garoto, após o enterro do mesmo no Cemitério do Irajá.
De acordo com esses mesmos parentes, são os próprios familiares e amigos da vítima que estão indo atrás de informações, buscando por câmeras de segurança que talvez possa ter alguma imagem dos criminosos. Conforme se sabe, os criminosos estavam dentro de um Fiat Pálio Cinza e passaram fazendo disparos no local.
O pai de Guilherme disse em entrevista somente houve um único policial a colher algum tipo de informação, que estava fazendo plantão no hospital onde o garoto foi socorrido. Ele coletou alguns detalhes do crime, porém, após isso, nada mais foi feito.
A família ainda está aguardando o posicionamento da Delegacia de Homicídios, mas até o momento não obteve nenhum retorno.
No velório, em cima do caixão do menino, havia uma pipa, a camiseta da escola que ele estava usando quando ocorreu o crime (devidamente assinada pelos colegas) e uma carta elaborada pela irmã.
De acordo com a madrinho do jovem, a mãe e os irmãos dele estão totalmente inconsoláveis, desolados por tamanha tragédia. O pai, Rodrigo, está revoltado.
Alguns jornalistas entraram em contato com o delegado da Delegacia de Homicídios e também com a Polícia Civil, para questionar a respeito do fato da perícia não ter sido feito ainda, mas até o momento não houve nenhum resposta.
Segundo informações, os tiros acontecem na rua Marechal Falcão da Frota. As três pessoas atingidas pelos disparos, incluindo Guilherme, foram socorridos no local e levados até o Hospital Albert Scweitzer. Informações passadas pela Secretaria Municipal de Saúde dizem quando o menino chegou ao hospital, já havia falecido.
A ONG Sou da Paz estima que Guilherme já é a oitava criança que morre em decorrência da bala perdida no Rio de Janeiro esse ano.