Uma “bomba” foi lançada no mercado econômico internacional na tarde desta sexta feira, dia 15 de junho. O governo americano anunciou a implementação de uma tarifa de 25% sobre US$ 50 bilhões em itens que são importados da China, ou seja, cerca de US$ 12,5 bilhões de perca em uma das maiores economias do mundo.
E antes de qualquer resposta do governo chinês, os Estados Unidos prometeu incluir mais taxas no mercado internacional, caso o eles pretendam adotar medidas que sejam consideradas retaliatórias as novas taxações.
A tensão comercial cresceu e a informação é de que os EUA já começa a taxação em parte dos produtos no próximo dia 06 de junho. Donald Trump relatou que em sua lista, existem diversos bens do plano estratégico chinês conhecido como “Made in China 2025”, que tem for finalidade dominar as indústrias emergentes de alta tecnologia, levando um crescimento econômico futuro para os chineses, porém prejudicando o crescimento de diversos outros países do mundo, inclusive os Estados Unidos.
A lista de produtos taxados
Os produtos que terão a tarifa adicional de 25% já somam a quantia de US$ 34 bilhões, a partir do próximo dia 6. Em março os EUA estavam preparados para sobretaxar 1332 itens chineses, porém a lista divulgada conta com 1102 itens, dos quais 818 já fazem parte da primeira remessa de sobretaxados do próximo mês.
Entre os principais produtos desta lista estão:
- Satélites
- Aeronaves
- Helicópteros
- Cabos de fibra óptica
- Painéis de LCD e LED
- Painéis Touch
- Microscópios
- Eletrocardiogramas
- Baterias de lítio
- E diversos outros
O restante dos itens até chegar no total, só serão taxados após audiências públicas que serão conduzidas pelo USTR, Escritório do Representante de Comércio Exterior dos EUA.
O que disse Trump para justificar esta taxação?
O presidente Donald Trump citou que a China tem efetuado diversos roubos de propriedades intelectuais e também de tecnologia, trazendo muita injustiça para o comércio internacional. Portanto os Estados Unidos irá implementar tarifas de 25% sobre os US$ 50 bilhões de itens provenientes da China, todos que possuam tecnologias significativas para a indústria.
Segundo ele, existe uma boa relação com o presidente da China, e é fundamental que exista um bom relacionamento no comércio entre os países, porém o que é praticado hoje no comércio internacional é muito desigual e isto não é de hoje.
O argumento de Trump é que ele está tentando compensar as práticas anticompetitivas que são promovidas a anos pelo país asiático. Com estas medidas, a intenção é proteger os empregos dos norte americano e dar um passo para o equilíbrio entre os EUA e China na balança comercial.
Porém a China não está nada satisfeita e prometeu represálias
Apesar de estar sobre ameaça dos Estados Unidos caso houvessem represálias mediante a taxação, o Ministério do Comércio da China se pronunciou e disse que irá adotar medidas tarifárias do tamanho e intensidade às tarifas propostas pelos americanos.
Em nota o governo disse que a China não pretende uma guerra comercial com os EUA, porém o lado chinês não terá outra opção a não ser se opor ao comportamento americano. Eles citam que as atitudes irão afetar ambos os lados.
Na manhã deste dia, o governo Chinês publicou um comunicado, onde deixou bem claro que se os EUA instaurassem a imposição de tarifas como medidas comerciais, os acordos realizados nos últimos dois meses por ambos os governos, não seriam aprovados.
Esta não é a primeira taxação da semana
Nesta mesma semana o Departamento do Comércio dos Estados Unidos anunciou uma ação comercial contra outras importações da China, onde produtores de tanques de aço para propano foram acusados de praticar dumping e também aplicar subsídios injustos para o comércio.
Os EUA e a China estão prontos para uma guerra comercial. Diversas negociações falharam nos últimos meses, todas para conter as reclamações efetuadas pelos Estados Unidos. A principal crítica do governo americano é com relação à política de acesso e industrial do mercado chinês, que acabou causando um déficit comercial de US$ 375 bilhões desde o início das conversações.
A guerra comercial internacional dos EUA já atingiu os países da Europa, México e também o Canadá. Isso por conta da taxação do aço e alumínio produzido e também sobre a importação de carros europeus.