O caso Henry tem se tornado um dos mais acompanhados do país nas últimas semanas. Um menino, de 4 anos, cheio de vida e disposição, morre por motivos desconhecidos na casa da mãe, onde também morava com o padrasto.
O padrasto, o vereador do Rio dr. Jairinho, tem ganhado cada vez mais atenção nas últimas semanas. Um dos pontos que mais chama a atenção são relatos de ex-parceiras, que revelam um suposto comportamento violento do vereador.
O primeiro a saltar aos olhos é um boletim de ocorrência, registrado em 2014, contra Jairinho. A denunciante era sua esposa, na época, e contava ter sido agredida por ele, afirmando ainda que o vereador sempre foi violento. A mulher não deu continuidade ao processo, que foi arquivado, e atualmente se recusa a falar sobre o suposto episódio.
Dali em diante, outras mulheres foram ouvidas pela polícia e narram as suas experiências com o vereador. O Fantástico, programa da TV Globo, teve acesso a alguns desses depoimentos e mostrou o que foi dito. A reportagem ouviu uma testemunha sobre o caso em Angra dos Reis, que ainda não havia sido ouvida.
Uma ex-namorada teve relacionamento com Jairinho quando a filha ainda era pequena. A menina hoje tem 13 anos e prestou depoimento a polícia. Essa mulher afirma que nunca denunciou os abusos por medo de Jairinho. “Simplesmente por medo. Ele é um homem influente, é um homem com dinheiro. Sempre deixou claro pra mim: eu conheço muita gente, conheço desembargador, juiz”, afirma.
A criança, a exemplo de Henry, tinha crises nervosas ao saber que encontraria Jairinho. Na época, a mãe afirma que não percebia a relação, mas a menina chorava, vomitava e pedia para ficar com a avó.
Uma ex-namorada do vereador, de Angra dos Reis, também foi ouvida pela polícia. Ela negou que o vereador tenha tido comportamentos agressivos contra ela ou seus filhos. A reportagem encontrou uma testemunha, que teria tido contato com a família na época.
“O primeiro foi a primeira vez que eu percebi que o menino tava com umas manchinhas roxas. Um pouquinho na barriga, um pouquinho na perninha. A segunda vez eu escutei a mãe falar que tinha acordado de madrugada como se ela tivesse sido dopada de remédio e ela levantou com as pernas pesadas e ele (Jairinho) estava dando banho na criança”, conta a testemunha.
A defesa de Jairinho foi ouvida pela reportagem e negou as supostas agressões. “A todo momento, desde o início, a gente tem municiado todas as autoridades, e o público em geral, com todas as informações”, afirma.
Via: noticias.uol.com.br