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Pastor evangélico na Índia é morto a tiros após ser sequestrado durante culto

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Enquanto conduzia seu culto na Índia, o pastor e missionário Munshi Dev Tado, casado e pai de quatro filhos, foi raptado por um grupo radical de maoístas, no distrito de Gadchiroli, no estado de Maharashtra.

O episódio se dá em meio a um aumento da perseguição religiosa vivida pelos cristãos no país asiático.

Relato trágico

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De acordo com a esposa de Tado, Jaini Munshi Tado, o homem de vinte e oito anos estava conduzindo um culto religioso em sua própria casa, quando um grupo de seis pessoas, de três mulheres e três homens armados, interromperam a cerimônia.

Após apertar a mão do pastor, os homens seguraram o Tado e o amarraram pelas mãos às costas com uma corda. Familiares tentaram desesperados impedir o rapto, perguntando para onde estavam levando o homem de fé.

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Os radicais disseram que só queriam falar com ele e que o trariam de volta em breve. Poucos minutos depois, ouviram um tiro.

“Corremos imediatamente na direção que o levaram, apenas para encontrar o corpo do meu marido em uma poça de sangue, e os maoistas fugindo”, afirmou Jaini.

“Chorei amargamente, meu marido se foi”, acrescentou, emocionada.

Os criminosos deixaram um bilhete no bolso de Tado, alegando que ele seria um “informante da polícia”, o que não foi confirmado pelas autoridades.

Perseguições

 O pastor e sua família já vinham sofrendo perseguições há muitos anos, desde que deixaram o movimento naxalita maoísta para adotar a fé evangélica.

A agência de notícias Asia News apurou que os vizinhos não admitiram a conversão da família, atacando a casa de Tado e até mesmo ameaçando seus familiares.

Quando o pastor começou a celebrar cultos em sua casa de forma regular, a tensão chegou ao seu limite. Os maoístas não aceitaram o número de moradores que passaram a se converter à religião de Tado.

Segundo o mentor de Tado, o também pastor Vijay Kumar Vachami, os moradores contataram os maoístas em vários momentos, repassando falsos informações para jogá-los contra o pastor.

Tado foi assassinado num contexto de homicídios por intolerância religiosa contra cristãos na índia, que chegaram a quatro em menos de dois meses.