Pelo menos 12 disputas a nível estadual irão ser determinadas hoje. Um levantamento efetuado pelo jornal Estado de São Paulo pautando-se nas últimas pesquisas Ibope evidencia que a eleição tem probabilidade de terminar no primeiro turno nos seguintes estados: Tocantins, Piauí, Bahia, Maranhão, Alagoas, Ceará, Goiás, Espírito Santo, Pará, Paraná, Mato Grosso e Acre. A expectativa é igualmente elevada em Pernambuco, Mato Grosso do Sul e Paraíba. No ano de 2014, cerca de 13 governadores foram escolhidos já no primeiro turno.
Depois de três eleições seguidas, São Paulo estará ausente desse lista. O maior colégio eleitoral do País – com 33 milhões de eleitores ou 22,4% do total – vai selecionar seu futuro governador durante o segundo turno. Às vésperas da votação, João Doria (PSDB), Paulo Skaf (MDB) e Márcio França (PSB, que disputa a reeleição) concorrem às duas vagas.
Na separação por partidos, o maior vencedor regional de hoje devem ser o PT, que se dirige para a reeleição de seus três governadores do Nordeste: Camilo Santana (CE), Rui Costa (BA) e Wellington Dias (PI). O PSB também pode vencer em três Estados. Logo depois estão MDB e DEM, que devem sair vencedores em dois Estados cada um. PSD, PCdoB, PSDB, PP e PHS igualmente esperam celebrar uma vitória nas urnas.
Estreante no grupo de partidos que dirigem governos estaduais há 4 anos, o PCdoB continua firme para encaminhar a reeleição em primeiro turno, com Flávio Dino. Ele figura entre os candidatos mais bem colocados nas pesquisas locais, com 59% das intenções de voto, mesmo nível atingido por Ronaldo Caiado, do DEM, que concorre ao pleito em Goiás. “Enfrentei duas máquinas: uma do governo estadual do PSDB e outra do governo federal do MDB na campanha. O goiano é ordeiro e trabalhador e quer mudança”, falou Caiado. O democrata deve romper uma sequência de 20 anos de governos psdbistas no Estado.
Os campeões na popularidade são os candidatos do PT Rui Costa (BA) e Camilo Santana (CE), com 77% e 86%, respectivamente, e o emedebista Renan Filho (AL), com 83%. “Eu acho que é um reconhecimento, independente do resultado, à humildade e ao trabalho. E trabalhei muito. Fui o governador na Bahia que mais fiz viagens ao interior, 470 viagens oficiais a trabalho”, falou Costa, o governador da Bahia.
O sucesso de Camilo é fruto direto da aliança que estabeleceu nessa disputa. Além do PT, ele agrupou outras 15 siglas pela reeleição, o que lhe deixou quase sem oponentes no pleito. Na listagem se encontra o PDT do candidato presidenciável Ciro Gomes, a quem apoia publicamente, uma vez que é afilhado político da família – Cid Gomes, irmão de Ciro e ex-governador, está na liderança das pesquisas para a corrida pelo Senado.
“Os apoios políticos foram aumentando na medida em que o governo foi conseguindo avanços e a população reconhecendo o trabalho. Aceitamos aqueles apoios que vieram para fazer parte do projeto que tem melhorado a vida dos cearenses”, disse ao Estado. Camilo ainda destaca que, mesmo em meio a uma das maiores crises enfrentadas pelo país, “o Ceará avançou em todas as áreas, tem a educação pública modelo para o Brasil e é o estado com maior equilíbrio fiscal”.
O PHS, que assumiu o governo do estado do Tocantins em eleição complementar efetuada em junho deste ano – o pleito foi chamado depois da cassação do ex-governador Marcelo Miranda (MDB) e da vice dele, Cláudia Lelis (PV) por captação ilegal de recursos para a campanha eleitoral -, também deve manter o cargo. O atual governador Mauro Carlesse alcançou 57% dos válidos.