Pela primeira vez desde o ano de 2002, uma pesquisa realizada pelo Datafolha exibe, faltando menos de 5 dias para o primeiro turno das eleições, os dois candidatos com um posicionamento melhor igualmente apresentando com porcentagens mais elevadas de rejeição do que de intenção de voto.
Segundo informações do Datafolha que foram divulgadas nesta terça-feira, o candidato Jair Bolsonaro, do PSL e o candidato Fernando Haddad, do PT, alcançariam o segundo turno sendo ambos muito mais rejeitados do que apoiados pelo eleitorado. Bolsonaro apresentou 32% das intenções de voto e 45% de índice rejeição. Haddad, por outro lado, mostrou ter 21% das intenções de voto e 41% de índice de rejeição. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Os dados disponibilizados no site do Datafolha possibilitam efetuar essa análise desde as eleições de 2002. Daquele ano para cá, chegou a ocorrr de um dos líderes possuir rejeição mais elevada do que a sua intenção de voto, contudo jamais os dois mais bem posicionados.
O site do UOL fez uma espécie de pesquisa para efetuar uma comparação entre os índices de rejeição exibidos pelos candidatos desde 2002. Utilizaram como parâmetro sempre a primeira pesquisa feita pelo Datafolha que havia sido divulgada 7 dias antes do primeiro turno. Em 2002, ela foi divulgada no dia 2 de outubro e exibiu o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 45% das intenções de voto e 29% de rejeição.
José Serra (PSDB) marcou 21% da preferência do eleitorado e 33% de rejeição. No ano de 2006, o Datafolha identificou o ex-presidente Lula contabilizando 51% das intenções de voto e 28% de rejeição no dia 27 de setembro.
O segundo colocado, Geraldo Alckmin (PSDB), obteve 27% das intenções de voto e 23% de rejeição. Passados 4 anos, a rejeição de Serra (32%) foi mais alta do que sua porcentagem de intenção de voto (28%) no Datafolha de 28 de setembro, porém isso não ocorreu com a ex-presidente Dilma Rousseff (PT), que liderou a pesquisa com 46% e apresentou rejeição de 27%.
Restando 5 dias para o primeiro turno de 2014, em 1º de outubro daquele ano, o Datafolha ainda exibia Marina Silva (Rede, naquela época no PSB) em segundo lugar – ela acabou perdendo a posição para Aécio Neves (PSDB).
Naquele instante, 25% declararam voto em Marina e também 25% falaram que não votariam nela de forma alguma. A líder era Dilma, com 40% de intenção de voto e 31% de rejeição dos eleitores.
Intenções de voto
Além de Bolsonaro contando 32% das intenções de voto e Haddad com 21%, o Datafolha desta terça-feira mostrou ainda Ciro Gomes (PDT) exibindo 11%; Geraldo Alckmin (PSDB) com 9%; e Marina Silva (Rede) com 4%. João Amoêdo (Novo) permaneceu com 3%, seguido de Cabo Daciolo (Patriota), Alvaro Dias (Podemos) e Henrique Meirelles (MDB), todos eles com 2% cada um. Vera Lúcia (PSTU) e Guilherme Boulos (PSOL) mostraram somente 1% cada um.
Eymael (DC) e João Goulart Filho (PPL) não fizeram pontos. As opções branco, nulo e nenhum chegaram a 8%. Os entrevistados que não sabiam responder equivaleram a 5%.
O Datafolha fez uma entrevista com cerca de 3.240 eleitores em 225 cidades brasileiras no decorrer do dia de hoje. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos.
A pesquisa foi contratada pelo jornal Folha de S. Paulo e registrada no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com a numeração BR-03147/2018. O grau de confiança da pesquisa é de 95%. De acordo com o Datafolha, isto quer dizer que, levando em consideração a margem de erro, a possibilidade de o resultado ser um retrato da realidade é de 95%.