Skip to content
PUBLICIDADE

Líder de culto do Juízo Final é executado no Japão

PUBLICIDADE

O ex-líder de um culto do Juízo Final, o chamado Aum Shinrikiyo, que foi responsável por um ataque fatal com gás Sarin no metrô de Tóquio, em 1995, foi executado nesse sexta-feita dia 06 de julho.

O líder em questão, cujo nome é Shoko Asahara, que foi quem planejou todo o ataque, no qual teve 13 vítimas fatais e deixou mais de 6 mil pessoas doentes, foi enforcado em um centro de detenção japonês.

Algumas pessoas próximas as vítimas e familiares consideraram essa pena de morte correta, por conta de perda sofrida de um ente querido e lamentam que outros familiares, já falecidos, não tenham podido saber da condenação e consequente execução.

PUBLICIDADE

De acordo com fontes originárias do Japão, a execução de Asahara foi apenas a primeira das 13 condenações à morte recebidas pelos outros ex-participantes da Aum.

O que foi o culto apocalíptico Aum Shinrikiyo

O famigerado culto Aum Verdade Suprema se constituía em um mix bizarro e inusitado de meditação hindu e budista, mesclado com pensamentos cristãos e concepções apocalípticas, ocultismo e ioga. Por mais estranho que soe toda essa combinação, o tal culto chegou a deter um número superior a 10 mil seguidores no Japão e por volta de 30 mil seguidores na Rússia.

PUBLICIDADE

O líder Shoko Asahara, cujo nome verdadeiro era Chizuo Matsumoto foi considerado igualmente culpado por ter concebido um ataque contra uma cidade situada na região norte do Japão, que obteve 8 mortos e pelo menos 100 pessoas feridas.

O controverso líder do culto Aum já estava carente de quaisquer condições após a sua condenação a morte em 2004.

O triste e lamentável ataque aconteceu um pouco antes das 8 horas da manhã, na data de 20 de março de 1995. Cerca de 5 integrantes do culto, portando sacolas plásticas contendo Sarin na forma líquida, furaram as mesmas com o auxílio dos seus guarda-chuvas antes de darem início a sua fuga.

Conforme o gás Sarin se espalhava ao longo da estação de metrô, os passageiros começaram a tossir e ter enormes dificuldades para respirar. Alguns poucos que encontraram forças para conseguir chegar até às plataformas acabaram caindo e desabando no chão, tossindo sangue e expelindo espuma pela boca.

Um dos sobreviventes e testemunhas do ataque, Sakae Ito, afirmou que o Sarin líquido foi espalhado pelo chão do vagão e isso fez com que as pessoas começassem a ter convulsões já em seus assentos. Segundo ele, um homem tinha começado até mesmo a ter um vazamento dos seus fluídos corporais.

Imagens televisivas mostraram integrantes das forças de autodefesa completamente equipados e protegidos indo de encontro ao epicentro do ataque, porém sem saber a causa do acidente.

Esse ataque foi classificado como sendo o pior incidente terrorista da história japonesa e fez com que a credibilidade da segurança pública ficasse bastante reduzida.

Shoko Asahara conseguiu se desvencilhar da prisão por 2 meses até ser finalmente descoberto e encontrado em um pequeno esconderijo junto a uma parede, portando sacos com dinheiro e um saco de dormir, na sede do culto.

O culto Aum foi banido. No entanto, ressurgiu no ano 2000 com o nome de Aleph, cujos integrantes foram categóricos em afirmar que não coadunavam com Asahara e havia concordado em pagar uma indenização aos familiares das vítimas.