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Estados Unidos deixam de financiar agência da ONU para refugiados palestinos

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O governo estadunidense anunciou nessa quinta-feira agora, no período da noite, dia 30 de agosto de 2018, parar com todo o financiamento do programa de auxílio da Organização das Nações Unidas para os refugiados palestinos (UNRWA), depois de ter chegado à conclusão que, segundo eles, a instituição é “terrívelmente falha”, conforme anúncio emitido pelo Departamento de Estado.

Segundo uma declaração dada pelo porta-voz do Departamento de Estado através de um comunicado, Heather Nauert: “A administração reviu cuidadosamente a questão e determinou que os Estados Unidos não farão contribuições adicionais para a UNRWA”.

Antes disso, Hossam Zomlot, que por sua vez é o embaixador palestino em Washington, havia alertado sobre essa possibilidade.

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Os EUA sempre foram até então o principal país doador da UNRWA. Até esse momento, eles já haviam diminuído expressivamente as contribuições fornecidas por eles. No ano de 2017, a soma doada atingia a marca de 350 milhões de dólares. Agora em 2018 valor caiu para para 65 milhões.

“Cortar auxílio à UNRWA quer dizer que os Estados Unidos estão abrindo mão dos seus compromissos e responsabilidades internacionais”, falou Hossam Zomlot, que representa em caráter oficial a Palestina na Organização para a Libertação da Palestina (OLP), do presidente palestino, Mahmoud Abbas.

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“Ao adotar as posições israelenses mais extremas sobre todas as questões, incluindo os direitos de mais de cinco milhões de refugiados palestinos, a administração americana perdeu seu status de mediador e não só está aniquilando uma situação já instável, mas igualmente as chances de uma paz futura no Oriente Médio”, adicionou o embaixador em uma declaração encaminhada antes do anúncio concedido para a AFP.

Ainda afirmou que “não cabe à administração americana definir o status dos refugiados palestinos, a única condição que os Estados Unidos podem definir é o seu próprio papel como mediador de paz na região”, enunciou Hossam Zomlot.

“Existem inúmeros refugiados que continuam recebendo assistência”, ao mesmo tempo em que o governo palestino “continua tecendo críticas aos Estados Unidos”, falou nessa semana a embaixadora estadunidense na ONU, Nikki Haley.

“Acho que temos que olhar para o direito de retorno”, completou.

O anúncio oficial será realizado nas próximas semanas, no momento em que o governo norte-americano expressar descontentamento do modo de atuação da Agência das Nações Unidas de Assistência aos Refugiados da Palestina (UNRWA) e solicitiar para que esta reduza a quantidade de palestinos reconhecidos como refugiados,indo de 5 milhões, abrangendo até mesmo descendentes, para um número inferior à 500 mil.

Essa diminuição acabaria com o “direito de retorno” à terra disputada em Israel.

De acordo com especialistas em política externa e questões de segurança asseguram que o corte de verba à agência e o cancelamento de registro dos refugiados podem ocasionar um agravamento da situação, já bastante caótica, na Faixa de Gaza com elevação do nível de violência.

Além das providenciar ajuda para a UNRWA, os Estados Unidos fornecem uma assistência direta à Cisjordânia e à Faixa de Gaza. Na semana passada, o Departamento de Estado relatou que mais de US$ 200 milhões em auxílio seriam mandados para outros locais.

Os cortes no financiamento, alinhados com as transformações no âmbito político, o que engloba o reconhecimento de Jerusalém como a capital de Israel, constituem uma parcela de uma profunda modificação da política do Oriente Médio sob o presidente Donald Trump.