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Beto Richa, do PSDB, ex-governador do Paraná, é preso por corrupção

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O ex-governador do estado do Paraná, Beto Richa (PSDB), candidato ao Senado, foi preso agora na manhã desta terça-feira pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) na cidade de Curitiba, capital do Paraná.

Beto Richa é alvo de duas operações distintas: uma efetuada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), pela qual foi preso, e a outra da Polícia Federal (PF), em uma nova etapa da Lava Jato. Na 53ª fase da Lava Jato, a residência de Beto Richa foi vasculhada por conta de um mandado de busca e apreensão.

A defesa do ex-governador informou, através de uma nota divulgada na imprensa, que, até o presente momento, não sabe qual o motovi das ordens judiciais e que ainda não obteve acesso à investigação.

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A equipe de reportagem do G1 contatou a assessoria de comunicação do PSDB para perguntar como ficará a candidatura de Beto Richa, todavia, até o presente momento, o referido partido ainda não respondeu ao questionamento.

Na última pesquisa feita pelo Ibope, cuja divulgação ocorreu em 4 de setembro, Beto Richa figurava em segundo lugar, contando com 28% da intenção de votos.

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A 53ª etapa da Lava Jato recebeu o nome de “Piloto”. Ela cumpriu 36 mandados judiciais em Salvador (BA), São Paulo (SP), Lupionópolis (PR) Colombo (PR) e Curitiba (PR).

O codinome “Piloto”, segundo informações fornecida pela força-tarefa da Lava Jato, se refere a Beto Richa na planilha da Odebrecht.

A investigação está realizando a apuração de um suposto pagamento milionário de favorecimento indevido no ano 2014 pelo departamento de propinas da Odebrecht em favor de agentes públicos e e da iniciativa privada no Paraná, em contraposição ao eventual direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da PR-323.

Conforme novamente declarado pela PF, os crimes investigados na atual etapa são corrupção ativa e passiva, fraude à licitação e lavagem de dinheiro.

De todo o contingente de mandados, três são de prisão (duas preventivas e uma temporária) e 33 são mandados de busca e apreensão.

De acordo com o Ministério Público Federal (MPF), empresários da Odebrecht fizeram um acerto de subornos com Deonilson Roldo, a fim de que ele restringisse a concorrência do processo de licitação para duplicação da rodovia PR-323, situada entre os municípios de Francisco Alves e Maringá. Em compensação, a Odebrecht pagaria 4 milhões de reais a Roldo e ao seu grupo.

O esquema de corrupção teria sido alinhado no decorrer de três reuniões entre Roldo e representantes da empreiteira. Entretanto, depois de uma minuciosa perícia da Polícia Federal nos sistemas Drousys e MyWebDay do Setor de Operações Estruturadas da Odebrecht, foi averiguado que foram pagos R$ 3,5 milhões, divididos cinco pagamentos entre setembro e outubro de 2014. Os valores haviam sido entregues em São Paulo, em um condomínio ligado à sogra de Jorge Atherino.

Segundo os procuradores, as provas evidenciaram que, depois de uma primeira reunião, Roldo voltou a se reunir com executivos da empresa, dizendo que a auxiliaria ilegalmente na licitação, porém para isso necessitaria da ajuda da empresa na campanha do governador em 2014.

“Desse modo maneira, no que concerne as evidências, ele pediu propinas para vender ações praticadas no exercício de sua função pública, com o subterfúgio de que supostamente elas seriam utilizadas em campanha”, conforme informações do MPF.