Através de uma nota divulgada pela União dos Caminhoneiros do Brasil (UDC), os caminhoneiros pertencentes à referida entidade declararam que realizarão uma mobilização por todo o território nacional depois do feriado de 7 de Setembro e por um tempo indeterminado.
A UDC afirma que o governo brasileiro não cumpriu a promessa feita com relação ao preço do diesel, que nessa última sexta-feira, dia 31 de agosto de 2018, sofreu um reajuste de 13%.
A legislação que determinou a nova política de frete antevê uma revisão dos pisos mínimos se o combustível apresenta uma variação acima de 10% a fim de acondicionar a elevação dos custos dos caminhoneiros.
A entidade em questão tece duras críticas sobre a carência de fiscalização nas rodovias pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Ela solicita um contingente maior de fiscais e igualmente postos de fiscalização que forcem as empresas transportadoras a seguirem à risca o tabelamento mínimo do frete.
Os caminhoneiros da UDC também se queixam das atitudes da ANTT e reivindicam a extinção da diretoria do organismo.
A chance de haver um novo protesto dessa magnitude próximo às eleições, entretanto, já figurava como possibilidade no horizonte depois da paralisação ocorrida no mês de maio, que teve uma duração de 11 dias, como uma maneira encontrada de exercer uma maior pressão política sobre o atual governo.
Nessa sexta-feira, a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (ABCAM), entidade que agrupa os caminhoneiros autônomos, disse que intenciona fazer uma reunião com o governo para realizar uma discussão a respeito do tema e que fará o máximo que puder para evitar a ocorrência de uma nova paralisação da categoria.
A ABCAM salientou nesse sábado que se posiciona de forma terminantemente contrária a uma nova onda de manifestações e que espera uma posição da Casa Civil a respeito da solicitação de reunião.
Ao longo da sexta-feira, houve uma circulação expressiva de trocas de mensagens de áudio através de aplicativos, cuja veracidade não foi atestada, chamando as pessoas para compor a paralisação a partir da madrugada dessa segunda-feira, dia 03 de setembro.
A ABCAM confirmou que teve notícia sobre alguns focos de insatisfação por aplicativos de mensagens. Todavia, falou que ainda não observa uma mobilização grande o bastante para a execução de uma nova manifestação.
De acordo com uma nota divulgada também nessa sexta-feira, dia 31/08, a associação disse que bota fé no diálogo e fará o que estiver em mãos para coibir novos protestos.
Através de um vídeo, um dos líderes das manifestações dos caminhoneiros no mês de maio, Wallace Landim, mais conhecida soba a alcunha de Chorão, faz um apelo para a categoria se dirigir até Brasília cobrar a ANTT o reajuste no tabelamento do frete.
Ele ainda reitera no vídeo que a ANTT é obrigada a liberar um novo piso, que consta na legislação e marca a manifestação para o dia 12 de setembro, além de ameaçar com uma nova paralisação se a reivindicação não for atendida.
Segundo informações da Petrobrás, o aumento médio vai ser de 13%. Se não houver um aumento de impostos e de margens, o repasse para as bombas deve ficar em torno de 7%.