Um número bastante expressivo de pessoas foram às ruas na capital da Inglaterra, Londres, nesse sábado (23/06), demandando que o governo britânico realizasse novamente um novo referendo a respeita da famigerada saída do Reino Unido da União Europeia (UE), a que se deu o nome de Brexit.
Justamente quando o referendo em questão está completando seu “aniversário”, milhares de pessoas tomara conta de uma avenida e caminharam até o Parlamento Britânico, a fim de pedir a convocação de um novo referendo acerca do assunto.
Da maneira pacífica e alegre, os cidadãos ali presentes solicitam aos partidos políticos deem ao povo do Reino Unido uma nova chance de decidirem se aceitam ou se não aceitam o acordo que está em vias de ser firmado entre o Reino Unido, representado na figura da Theresa May e a União Europeia.
Os manifestantes argumentam que a opinião pública está se mostrando contrária ao Brexit, pois, segundo eles, tem observado que os custos dessa separação estão se mostrando bem caros.
Um dos maiores temores dessa movimentação e de todos aqueles contrários aos Brexit é que essa atitude possa prejudicar economicamente a região, afetando principalmente as classes mais pobres da população.
Conforme alguns dados evidenciados por uma agência americana de notícias, a saída do Reino Unido do bloco europeu já tem provocado efeitos negativos, como empobrecimento da população, as empresas estão mais receosas e até mesmo o mercado imobiliário deu uma grande retraída.
O dito “Brexit” se encontra em uma fase final no que toca as negociações sobre a polêmica saída. O seu fim provável será em março de 2019.
A manifestação ocorrida foi organizada por um grupo de nome “O voto do povo”, sendo apoiado por diversas figuras importantes.
Segundo informe de um tablóide britânico chamado “The Sun”, o chanceler do Reino Unido, Boris Johson, teve um posicionamento mais radical e incisivo, afirmando que a separação do Reino Unido em relação a União Europeia deve ser completa.
Opiniões divergentes
A polêmica decisão da saída, assim como o esquema de funcionamento e o teor pelo qual essa separação se dará, conta com opiniões e posições bem divergentes entre os políticos.
Os políticos do Reino Unido estão situados em dois polos distintos: aqueles que preferem uma saída mais radical, mais dura, sem que haja a manutenção de qualquer tipo ou grau de vínculo. Do outro lado, há os políticos que desejam um Brexit mais ameno, querendo que continue ocorrendo acesso ao mercado comum europeu.
O referendo em questão ocorreu há 2 anos e teve uma votação bem acirrada: cerca de 53,4% dos britânicos votaram a favor do Brexit, enquanto que 46,4% se opuseram à saída.
Ambas as partes, tanto o bloco europeu, quanto o Reino Unido ainda precisam acertar uma série de questão relacionadas ao âmbito comercial. Outro ponto delicado de discussão é a respeito da fronteira situada entre as duas Irlandas.
As expectativas quanto a finalização desse processo todo ainda são grandes, deixando populações dentro e fora do Reino Unido e da União Europeia bastante apreensiva quanto às consequências desse acontecimento.