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Centro de Veneza, na Itália, é inundado novamente por “água alta”

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A famosa cidade de Veneza, situada na região nordeste da Itália, foi tomada neste sábado, dia 3 de novembro, por uma nova “água alta”, nome concedido ao fenômeno de cheia da lagoa que circunda o seu centro histórico, em meio ao mau tempo que assola o país desde o começo da semana.

De acordo com as autoridades, a maré chegou a atingir a marca de 105 centímetros e acabou invadindo uma área que corresponde a pelo menos 8% da zona, sobretudo a Praça San Marco, região mais vulnerável a ocorrência de alagamentos do centro da cidade de Veneza. Meteorologistas estão prevendo uma nova “água alta” de aproximadamente 105 centímetros para o período da manhã deste domingo, dia 04 de novembro e outra de 115 centímetros para a próxima segunda-feira, dia 05 de novembro.

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Nessa última terça-feira, dia 30 de outubro, a cheia da Lagoa de Veneza já havia alagado por completo a Basílica de San Marco e provocado danos um mosaico de mármore em seu piso. Por volta de 75% da superfície do centro histórico chegou a ficar inundada.

O governador do Vêneto, Luca Zaia, especula que pelo menos 1 bilhão de euros correspondem aos prejuízos causados pelas chuvas, inundações e deslizamentos de terra nessa região, a mais afetada pelo mau tempo.

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As fortes chuvas que já provocaram 11 mortes na Itália causaram essa que foi a maior enchente dos últimos 10 anos em Veneza, fazendo com que 3/4 da cidade ficasse alagada.

Os turistas tiveram que enfrentar água até a altura das coxas para conseguir circular pela cidade no começo da semana, e até mesmo as passarelas de madeira não foram capazes de evitar que eles ficassem totalmente molhados.

Muitas lojas continuaram abertas e restaurantes buscaram seguir adiante com o atendimento normalmente, na medida do possível, porém em diversos locais era possível vislumbrar funcionários carregando baldes a todo instante procurando diminuir a quantidade de água no interior dos estabelecimentos.

A agência italiana ANSA falou que o mosaico do piso da Basílica de São Marcos, onde a água atingiu a marca de 90 centímetros de altura, sofreu danos. As portas e as colunas de bronze também ficaram prejudicadas na quinta mais grave dos 924 anos de história da referida igreja.

O primeiro procurador Carlo Alberto Tesserin, que é responsável pela preservação da basílica, desabafou à ANSA dizendo que a igreja “envelheceu 20 anos em um dia”. Ele disse que determinadas partes do prédio, localizadas diante do altar principal, ficaram debaixo d’água por um período de até 16 horas.

Um pedaço da Praça de São Marcos necessitou permanecer fechado para circulação na segunda-feira, no momento em que o nível do “acqua alta” (água alta) bateu o índice de 156 cm, porém na terça-feira o volume se reduziu de forma expressiva.