Uma notícia trouxe esperança a toda a população do mundo, mas especificamente aos russos: de acordo com o Ministério da Saúde do país, os cidadãos vão começar a ser imunizados contra o novo coronavírus em menos de um mês.
No entanto, a primeira parte das pessoas será a de participantes do teste da fase 3; vale lembrar que a vacina já foi registrada pelo país, ainda que essa última fase de testes nem mesmo tenha começado.
Mikhail Murashko, que está no comando do Ministério, disse ao jornal The Moscow Times que mais de 2 mil cidadãos já estão confirmados como integrantes da fase 3 e que, ao todo, espera-se que haja 30.000 envolvidos. Com essa grande quantidade, será possível determinar com um grau muito mais elevado de certeza se a Sputinik V realmente vai proteger contra a COVID-19.
Órgãos de saúde ainda têm muitas reservas a respeito da Sputinik V
Mesmo que a possibilidade de uma vacina contra o novo coronavírus seja algo a se comemorar, os órgãos de saúde, inclusive a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda têm grandes reservas com relação à sua eficiência e segurança.
O motivo é que o país não teria compartilhado informações suficientes com relação aos testes preliminares da Sputinik V. Inclusive, o governo da Rússia chegou a afirmar que divulgaria aos órgãos competentes os resultados dos testes realizados até aquele momento como forma de aumentar a confiança mundial no imunizante que o país desenvolveu.
Mesmo assim, o fato de a Rússia ter registrado a vacina bem antes de sequer começar a fase 3 de testes faz com que ela tenha recebido ampla desconfiança por parte do resto do mundo.
Cabe salientar que o país está empenhado em conseguir uma segunda vacina e o seu desenvolvimento seria em um laboratório diferente da Sputinik V. Todavia, ela ainda está na fase preliminar e, mesmo assim, Vladimir Putin, presidente da Rússia, comunicou que a ideia é termina-la no próximo mês.