Um estudo na Alemanha demonstrou que 45% dos alemães tem a sensação de que o “politicamente correto” não os permite expressarem livremente suas opiniões pessoais em todos os assuntos.
O estudo foi conduzido pelo instituto de pesquisa INSA-Consulere para a agência de notícias Idea e veio na esteira de uma carta assinada por intelectuais de todo o mundo, alertando que a livre troca de ideias está se tornando mais restrita.
Liberdade de expressão
Enquanto quase metade das 2 mil pessoas que foram entrevistadas alegaram que não se sente confortável ao expressar suas visões, outros 32% disseram que eles não sentem qualquer restrição à sua liberdade de expressão.
14% dos entrevistados alegaram não saber e 9% decidiram não responder.
Mais homens do que mulheres sentem a pressão do politicamente correto, mas os números são relativamente próximos (48% e 43%).
Por outro lado, ao passo que mais de um terço das pessoas entre 18 e 29 anos alegaram ter dificuldades em expressar suas opiniões, 49% das pessoas entre 40 e 49 anos disseram que tem essas dificuldades.
Para os evangélicos…
A pesquisa incluiu uma parcela de pessoas que se auto-identificaram como cristãos. Dentre estas fés, foram os evangélicos que expressaram sofrer maior pressão do politicamente correto: 57% dos que responderam.
Já para os protestantes, o número é de 50%, enquanto que para católicos apostólicos romanos a soma bateu 43%.
Temas quentes
O debate sobre o politicamente correto é um que está em construção na esfera pública em outros países da Europa.
Por exemplo, o Reino Unido, onde um famoso podcast, “Speak Life”, abordando o problema da chamada “cultura do cancelamento”, fez um questionário online anônimo para saber quais opiniões os cristãos mais temiam compartilhar.
A intenção era abordar o silenciamento de opiniões não populares.
Como resultado, os mais de 450 participantes responderam que os temas sobre os quais eles têm mais opiniões difíceis de serem compartilhadas são os temas mais polêmicos, como era de se esperar.
São assuntos envolvendo problemas de gênero, raça, aborto, sexualidade, política e casamento, áreas em que os evangélicos são conhecidos por terem fortes convicções