Volta e meia é possível vislumbrar, infelizmente, notícias a respeito de ataques promovidos por grupos extremistas. Eles comentem desde atentados em massa, com o uso de homens-bomba, caminhões carregados de explosivos e coisas do gênero, até assassinatos de civis.
Outro fato lamentável é que esses grupos tem se mostrado cada vez mais atuantes nos últimos anos, usando técnicas, instrumentos e estratégias violentas de todos os tipos, a fim de difundir seus ideais.
Observe adiante alguns dos principais grupos extremistas existentes no mundo.
Al Qaeda
A Al Qaeda (cuja tradução do nome significa “base”) é um grupo extremista criado pelo famigerado fundamentalista Osama Bin Laden no final da década de 1970, de certa forma com o auxílio indireto dos EUA, como uma forma de ajudar o Afeganistão a combater a influência da União Soviética naquela região na época.
A meta principal desse grupo é a união de todos os muçulmanos para construir uma enorme nação islâmica, de acordo com uma “fatwa”, que nada mais é do que um tipo de decreto religioso difundido por Bin Laden na década de 1990.
Além disso, esse mesmo documento prega uma jihad contra Israel e os EUA. Eles atuam sobretudo no Oriente Médio, Ásia e África. Com a morte de Bin Laden, quem assumiu a liderança foi Ayman Zawahiri.
Suas principais células são: Frente Al-Nusra, na Síria; AQPA, na Península Arábica; AQMI, no Magreb e mais uma célula no Iraque. O ataque mais conhecido realizado por eles foi o atentado das Torres Gêmeas e Pentágono.
Taleban
O Taleban foi um grupo construído pelo mulá Mohammad Omar no ano de 1994, diante de um cenário de guerra civil no Afeganistão entre as variadas facções que haviam lutado contra os soviéticos.
Eles dominaram o Afeganistão entre os anos de 1996 até 2001, após os EUA terem invadido o país por causa do atentado do 11 de setembro.
Ele é presente no Afeganistão e no Paquistão. O seu líder atual é Akhtar Mansur. O ataque mais conhecido do grupo foi a tentativa de assassinato de Malala Yousafzai, vencedora do Nobel da Paz.
Boko Haram
O nome Boko Haram, na língua hausa, a mais falada no norte da Nigéria, significa “a educação ocidental é pecaminosa”. Ele surgiu a partir de uma seita criada por Mohammed Yusuf.
Ele se constitui em uma organização anti-ocidente, que tem como objetivo implementar a sharia (lei islâmica) na Nigéria, destruir o governo e criar outro calcado nas leis islâmicas. O grupo foi fundado em 2002.
O líder atual deles é Abubakar Shekau. Eles ficaram mais conhecidos por causa do sequestro de 276 meninas de uma escola em Borno. A Al Qaeda e o Estado Islâmico são seus aliados. Aliás, eles declararam lealdade ao Estado Islâmico.
Hamas
O Hamas é classificado como um grupo terrorista pelos EUA, pelo continente europeu e por vários outros países. Seu nome é uma sigla no idioma árabe que significa “Movimento de Resistência Islâmica”. Seu surgimento se deu em 1987, depois da Primeira Intifada contra a ocupação israelense na Faixa de Gaza e na Cisjordânia.
O intuito principal deles é a consolidação do Estado da Palestina e a destruição do Estado de Israel.
Al-Shabab
Al-Shabab (que por sua vez significa A Juventude, em árabe) opera no Quênia, Etiópia, Somália e Djibuti. Configura-se como uma espécie de braço da Al Qaeda. Seu objetivo é implantar um estado islâmico nessa região.
Seu ataque mais conhecido foi um ataque suicida duplo em Kampala, na capital de Uganda, que culminou na morte de 76 pessoas que viam a final da Copa do Mundo da África do Sul, no ano de 2010.
Estado Islâmico, ISIS ou Daesh
Esse é sem dúvida um dos grupos extremistas mais famosos, principalmente nesses últimos tempos, em que suas atividades tem se mostrado mais frequentes e intensas.
Esse grupo radical, de acordo com alguns rumores, teria se originado do Estado Islâmico do Iraque e Levante, uma célula iraquiana da Al Qaeda, mas não existem provas suficientes que comprovem isso.
O líder atual do grupo é Abu Bakr al-Baghdadi, que compôs a linha de frente da Al Qaeda no Iraque em 2010 e participou da resistência contra a invasão americana em 2003.
O objetivo maior do grupo é o estabelecimento de um califado, promovendo a restauração da “ordem de Deus” na Terra e defender a comunidade muçulmana contra aqueles que chamam de infiéis: xiitas e pessoas não muçulmanas, sem falar também na aplicação da sharia (lei islâmica).