(Por G1) Os economistas do mercado financeiro aumentaram de 4,11% para 4,15% sua previsão a respeito do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para esse ano de 2018.
A estimativa está presente no mais atualizado boletim de mercado, também chamado de relatório “Focus”, cuja divulgação foi festa agora nesta segunda-feira, 13 de agosto, pelo Banco Central. O relatório é fruto de um levantamento realizado na semana anterior com um número superior a 100 instituições financeiras.
A expectativa do mercado continua inferior a meta de inflação, que é de 4,5% agora em 2018, e dentro do intervalo de tolerância prognosticado pelo sistema. A meta vai se cumprir se porventura o IPCA, que nada mais é do que a inflação oficial do país, situar-se entre 3% e 6% nesse ano.
A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Para que seja possível atingi-la, o Banco Central aumenta ou diminui a taxa básica de juros da economia (a chamada taxa Selic).
Para o ano de 2019, os economistas de diversas instituições financeiras permaneceram com a mesma esperança de inflação estável em 4,10%. A meta principal do ano seguinte é de 4,25%, e o espaço de tolerância do sistema de metas oscila de 2,75% a 5,75%.
ESTIMATIVAS CONTIDAS NO RELATÓRIO FOCUS
PREVISÃO | 2018 | 2019 |
Produto Interno Bruto (PIB) | 1,49% | 2,50% |
Inflação | 4,15% | 4,10% |
Taxa básica de juros (Selic) | 6,50% | 8% |
Dólar | R$ 3,70 | R$ 3,70 |
Balança comercial (saldo) | US$ 57 bilhões | US$ 49,80 bilhões |
Investimento estrangeiro direto | US$ 68 bilhões | US$ 74 bilhões |
Outras previsões
Produto Interno Bruto (PIB) – Para o resultado do PIB em 2018, os economistas bancários reduziram a previsão de crescimento de 1,50% para 1,49%. Para o ano seguinte, a expectativa do mercado para crescimento da economia permaneceu em 2,50%.
O Produto Interno Bruto caracteriza-se como sendo soma de todos os bens e todos os serviços produzidos no país inteiro e é útil para mensurar a progressão da economia.
Os economistas pertencentes aos bancos não mudaram a estimativa de expansão da economia para 2019, 2020 e para 2021, que permaneceu em 2,5% para todos estes anos.
A taxa de juros – O mercado igualmente assegurou a estabilidade em 6,50% ao ano sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, ao fim de 2018 – patamar recente e piso histórico.
Para o final de 2019, a expectativa do mercado financeiro para a taxa Selic continuou a mesma, cerca de 8% anual. Desta maneira, os analistas continuam prevendo aumento dos juros no próximo ano.
Sobre o dólar – Os cálculos do mercado financeiro para a taxa de câmbio no final de 2018 continuou em R$ 3,70 por dólar. Para o encerramento de 2019, manteve-se estável igualmente em R$ 3,70 por dólar.
A respeito da Balança comercial – No que se refere ao saldo da balança comercial (produto da soma das exportações menos a soma das importações), a projeção em 2018 reduziu de US$ 58 bilhões para US$ 57 bilhões de resultado positivo. Para o ano próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado no que toca ao superávit aumentou de US$ 49,30 bilhões para US$ 49,80 bilhões.
Investimento estrangeiro – A predição do relatório para o ingresso de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2018, subiu de US$ 67 bilhões para US$ 68 bilhões. Para 2019, a estimativa dos analistas aumentou de US$ 72 bilhões para US$ 74 bilhões.