O meio de comunicação digital Quartz acaba de divulgar um levantamento que coloca o Brasil nos primeiros lugares da fila por vacinas contra o novo coronavírus.
Ao todo, o país sul-americano já encomendou mais de 220 milhões doses de protótipos de vacinas de Covid-19.
Desse total, 120 milhões serão produzidas pela empresa chinesa Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. As outras 100 milhões serão adquiridas da empresa farmacêutica AstraZeneca, que desenvolve sua vacina com a Universidade de Oxford na Inglaterra.
Os números apurados pelo Quartz refletem tanto os pedidos de vacinas em desenvolvimento cotadas para licenciamento e produção local, quanto aquelas a serem adquiridas em compra direta, já produzidas no exterior e importadas.
Troca-troca
No caso do Brasil, está sendo adotada a primeira opção, em que as empresas locais licenciam suas vacinas para produção local por empresas nacionais ou subsidiárias de multinacionais.
Em troca, o país permite a realização de testes em seu território, muitos dos quais já na fase 3 (verificação de eficácia da medicação, após as fases anteriores de filtragem de riscos colaterais).
Primeiro eu
Quem fica em primeiro lugar na lista, é claro, são os Estados Unidos. O Quartz estima que o país já tem 1 bilhão de doses reservadas.
A maioria dessas doses é proveniente do acordo firmado entre a maior economia do mundo e as gigantes farmacêuticas Pfizer e BioNTech, que desenvolvem uma vacina em parceria.
Em segundo lugar, temos a Índia, que também reservou por volta de 1 bilhão de doses, a serem entregues pela AstraZeneca. O acordo firmado com a empresa indiana, contudo, a obriga a distribuir as doses para países mais pobres da região.
A União Europeia, por seu turno, já encomendou 500 milhões de doses da vacina. A maior parte será adquirida da francesa Sanofi, 300 milhões. O restante será fornecido pela Johnson & Johnson, ainda em fases iniciais de testagem.
Atrás da União Europeia, constam países integrantes do bloco de forma separada, como Alemanha, França, Holanda e Itália. De acordo com a lista do Quartz, os países contam com 400 milhões de doses encomendadas.