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Consulta ao INSS passa a ser feita apenas com hora marcada ou pela Internet

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(Estadão Conteúdo) O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) implementou um novo modelo de atendimento que tem como objetivo diminuir as filas daqueles que estão interessados em começar o processo de aposentadoria nas agências, direcionando o restante do fluxo essencialmente para a Internet.

O segurado que deseja solicitar um extrato de benefícios ou dados de seu Cadastro Nacional de Informações Sociais, o CNIS, não vai mais poder tão somente se deslocar até uma agência do INSS, como costumava fazer, para poder consultar um especialista.

Desde a semana passada, as informações precisarão ser obtidas através do portal “Meu INSS” ou então por intermédio de um agendamento feito de forma prévia para que o atendimento possa então ser efetuado em um dos postos da Previdência.

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O plano é um progresso, se formos comparar ao período no qual era necessário se dirigir de madrugada para uma fila para assim conseguir um atendimento. Contudo, em termos práticos, esse novo serviço ainda precisa ser melhorado para que seja efetivamente capaz de cumprir o objetivo de trazer mais facilidade para a vida do segurado.

Quais são os problemas dessa medida?

Só para começar, o portal “Meu INSS” não é um site nem um pouco simples de ser consultado. Para conseguir ter acesso ao CNIS e para a maior parte de uma série de outros dados, é necessário entrar no Meu INSS ou no próprio site do INSS.

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O beneficiado precisará informar alguns dados pessoais, como nome, CPF, nome da mãe, data de nascimento e também local de nascimento. Observando superficialmente, pode parecer fácil, mas definitivamente não é.

Se uma letra for digitada na posição errada, se houver qualquer data distinta da que esteja contida na base de dados da Previdência, já é o bastante para o sistema não permitir que o segurado obtenha a sua senha.

Mas esse fato nem chega a se configurar como sendo a maior dificuldade, porque após informar seus dados pessoais, o beneficiado deverá responder a um conjunto de questões e com a maior precisão possível, pois com mais de um erro não há como prosseguir com o cadastro.

São informações que oscilam conforme cada situação específica do beneficiado, porém que nem sempre estão à disposição ou ele consiga se lembrar.

Em qual ano existiu a última contribuição individual realizada por intermédio de carnê, ou em que data a empresa em que trabalhou efetuou a última contribuição à Previdência, ou entáo qual o salário que a pessoa recebeu em seu último emprego são apenas algumas dessas complicadas perguntas.

O maior problema, de acordo com especialistas, não está na obtenção de senha, mas sim no fato de que o sistema da Previdência está congestionado, afinal, são mais de 30 milhões de segurados.

Segundo  Newton Cezar Conde, sócio-diretor da Conde Consultoria Atuarial, uma empresa que trabalha com planos de aposentadoria privada, uma dica é entrar no portal da parte da noite, período esse em que o fluxo de pessoas é menor e portanto e as chances de conseguir acesso são mais amplas.

Em São Paulo, as agências elaboraram um roteiro por escrito, que é entregue para ajudar na navegação do site.