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Pesquisadores encontram estrutura de loja que vendia escravos no Rio do século XIX

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estrutura de uma loja que efetuava a venda escravos no século XIX foi descoberta por um grupo de arqueólogos na Rua Miguel Couto, local próximo a região de Avenida Marechal Floriano, no Centro da cidade do Rio de Janeiro.

De acordo com o revelado pelo jornal O Globo, os referidos pesquisadores foram contratados por uma empresa chamada Consórcio VLT, com o objetivo de realizar algumas sondagens na área em questão.

Os arqueólogos nutrem a crença de que, além de terem encontrados o que seriam os alicerces da antiga loja, também acharam um conjunto de poços e uma bola de ferro, muito similar àquelas que eram colocadas nas pernas de escravos para evitar que eles fugissem.

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Para que eles pudessem realizar a descoberta, os pesquisadores se fundamentaram em um anúncio publicado no jornal do Commercio, publicado no dia 10 de janeiro do ano de 1863.

“Vende-se um lote de lindos moleques de 10 a 20 annos, pretas moças e officiaes de ofícios, vindos do norte no último vapor, juntos ou separados, são todos sadios e sem defeito: na rua dos Ourives, 221”, de acordo com o que consta no texto.

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Eles fizeram uma comparação entre os endereços presentes nos anúncios com um mapa da região na época atual e foi desse modo que conseguiram encontrar o sítio arqueológico.

Além disso, conforme as informações constantes no jornal O Globo, uma outra descoberta realizada no trecho da Rua Marechal Floriano, local no qual irá passar o VLT apontou uma potencial existência de um cemitério de pretos novos junto ao Largo de Santa Rita.

A descoberta no terreno para as obras de implantação da última parte, ou seja, o trecho final do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) forçou as obras a ficarem paradas durante um período de cinco meses, a fim de esperar a liberação por parte dos órgãos de proteção ao patrimônio.

Outros achados arqueológicos no Rio

Em um dos quarteirões mais valorizados do Leblon e por conseguinte também de toda a cidade do Rio de Janeiro, foi descoberto um tesouro arqueológico que pode trazer informações novas a respeito da história da ocupação desse famoso bairro da capital carioca.

Algumas escavações em um terreno situado na esquina da Rua Urquiza com a Humberto de Campos apresentaram algo em torno de 500 fragmentos de objetos dos séculos XVIII e XIX.

Entre os itens que foram descobertos, estão alguns pedaços de louças, ossos de animais, azulejos, ferramentas e também uma parte de uma construção, possivelmente do século XVIII.

As estudiosas responsáveis pela descoberta foram as arqueólogas Ana Cristina Sampaio e Jackeline de Macedo, que estavam trabalhando a algum tempo na área, em um local onde até o ano anterior havia uma lavanderia.

Essa pesquisa teve início por causa de uma solicitação por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e também da prefeitura, no desenrolar de um processo de licenciamento para a construção de um prédio no terreno.

Uma vez que o Leblon constitui-se em uma Área de Preservação do Ambiente Cultural e a General Urquiza fica perto da Rua Dias Ferreira, que, de acordo com historiadores, seria o caminho do Quilombo do Leblon, o pedido de pesquisa foi feito antes do começo das obras.