O planeta Júpiter, um dos maiores de todo o Sistema Solar, é detentor nada mais, nada menos do que 79 luas. Ontem, segunda-feira, 23 de julho, a NASA (Agência Espacial Norte-Americana) divulgou um estudo o qual afirma que possíveis sinais de vida no referido satélite podem ser mais facilmente encontrados do que aquilo que se esperava.
Para ser mais específico, a lua de Júpiter na qual foram encontradas potenciais evidências de vida foi a lua de nome Europa. Ela é considerada uma das mais propícias localizações do Sistema Solar quando o assunto é existência de vida fora da Terra.
Em uma pesquisa publicada pela revista científica Nature Astronomy conta que cadeias de aminoácidos (estruturas que configuram toda a matéria viva) existem há pelo menos 10 milhões de anos na lua em questão e estão situadas a cerca de 1 a 3 centímetros abaixo da superfície.
Além desses elementos, a lua Europa possui outras características que apontam para a chance de se encontrar vida. Um exemplo disso reside no fato dela ser coberta por uma camada de 10 quilômetros de gelo e conter grandes oceanos subterrâneos, que são aquecidos pela energia térmica gerado por intermédio da interação gravitacional com Júpiter.
Vale salientar, entretanto, que os pesquisadores não tem expectativas de encontrar algum tipo de vida inteligente ou estruturas dotadas de maior complexidade.
A razão disso está na intensa radiação emitida por Júpiter, que aniquila as chances de vida na superfície. Todavia, o que se espera é que bactérias mais resistentes sejam capazes de sobreviver em camadas inferiores.
Para coletar mais dados e informações a respeito da Lua Europa, a Nasa quer lançar um sonda para lá nos próximos anos. A Agência Espacial Europeia (ESA) vai efetuar uma missão de exploração em Júpiter no ano de 2022.
Outras descobertas na lua Europa
Cientistas fizeram uma descoberta empolgante e simplesmente inovadora da existência de uma pluma de água na lua Europa, um dos satélites do planeta Júpiter. Ela ficou encoberta em informações de décadas de uma espaçonave da NASA chamada Galileo. Essa descoberta pode ter impactos profundos na procura pela vida.
Em um artigo publicado no periódico científico Nature Astronomy, uma equipe chefiada por Xianzhe Jia, pertencente à Universidade de Michigan, explicou como eles re-analisaram dados da missão Galileo, que orbitou Júpiter entre os anos 1995 a 2003.
E eles fizeram uma descoberta que no dia 16 de dezembro de 1997 a espaçonave parece ter voado diretamente por meio de uma pluma em Europa, ejetada de um possível oceano sob sua superfície gelada. Isto vai de encontrar com as descobertas precedentes do Telescópio Espacial Hubble, que insinua que a lua Europa está ejetando plumas.
Durante este sobrevoo (nomeado como E12) a espaçonave atravessou Europa a uma altitude em torno de 200 quilômetros. Os dados evidenciam que dois de seus instrumentos mensuraram uma alta no campo magnético e a densidade do plasma por volta de três minutos.
Este pico é encarado como consistente com uma pluma oriunda da lua. Como a água foi ejetada para fora da superfície, ela teria gotículas e material oscilando em tamanho de moléculas a grãos de poeira.
Eles se tornam ionizados durante a sua viagem para o espaço, passando a se caracterizar como partículas carregadas conhecidas como plasma.