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Advogado gravou secretamente conversa com Trump a respeito de pagamento de ex-modelo da Playboy

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O advogado Michael Cohen, que trabalha há muito tempo para Donald Trump, gravou secretamente o presidente americano, em uma conversa, ocorrida dois meses antes de sua eleição para a presidência no ano de 2016.

Nesse diálogo, o então presidenciável Trump falava sobre pagamentos a Karen McDougal, uma ex-modelo da revista Playboy, que por sua vez relatava ter tido um caso extra-conjugal com Trump, que atualmente é o presidente dos Estados Unidos, de acordo com advogados e outras fontes familiares com a polêmica em questão.

Ex-modelo Karen McDougal. Reprodução/Twitter

As informações foram veiculadas pelo jornal estadunidense The New York Times agora nessa sexta-feira, dia 20 de julho.

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O FBI (Federal Bureau of Investigation) obteve o acesso a essa conversa enquanto realizada uma operação no escritório de Cohen. Cohen, ex-advogado, fez a representação de Trump durante muitos anos. Ele está sendo investigado pelo Departamento de Justiça justamente por conta de seu envolvimento no pagamento à mulheres a fim de abafar os casos e assim esconder notícias constrangedoras sobre Trump no decorrer da campanha eleitoral de 2016 e evitar que isso o atrapalhasse.

Os promotores encarregados da investigação gostariam de saber se essa prática se constituiria na violação das leis federais de financiamento eleitoral e qualquer conversa que fale sobre esses pagamentos e assuntos afins interessam a eles.

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Antes das eleições de 2016, a referida ex-modelo, Karen McDougal afirmou ter tido um caso com duração de quase um ano com Trump no ano de 2006, pouco tempo após Melania Trumo, a esposa do presidente, ter dado à luz ao filho mais novo do casal, Barron.

A existência da gravação suscita ainda mais questionamentos sobre as estratégias que Trump e seus associados podem ter utilizado para resguardar determinados aspectos de sua vida pessoal e empresarial, mantendo sigilo sobre eles.

E ressalta o potencial perigo legal e político que Cohen significa para Donald Trump. Uma vez possuidor de muitos dos vários segredos de Trump, Cohen começou a considerar ainda mais a considerar a oportunidade de colaborar com os promotores.

Karen McDougal vendeu a história de seu caso para o tablóide americano National Enquirer, por um valor de 150 mil dólares, bem nos últimos meses da campanha presidencial, porém o jornal não  publicou a matéria, o que fez com que ela permanecesse calada no restante da eleição.

De acordo com o New York Times, o presidente da empresa que publica o National Enquirer, David J. Pecker, é amigo do presidente estadunidense. McDougal acusou Cohen de se envolvido no acordo, que é investigado pelo FBI.

Rudolph Giuliani, que é ex-prefeito de Nova York e advogado pessoal de Trump, confirmou nesta sexta o grau da conversa telefônica entre Trump e Cohen, mas disse que o pagamento não chegou a ser realizado. Ele afirmou ainda que a conversa possuía menos de 2 minutos e evidencia que o presidente não fez absolutamente nada de errado.

“Nada naquela conversa sugere que ele tinha qualquer conhecimento disso antes”, alegou Giuliani. Ele disse ainda que Trump teria falado a Cohen que, caso algum pagamento fosse efetuado de fato, que deveria ser em cheque e não em dinheiro em espécie, para que tudo ficasse devidamente documentado.

O que Trump teria efetivamente feito seria ter reembolsado Cohen por ele ter pago a importância de 130 mil dólares para comprar o silêncio de Stormy Daniels, uma atriz pornô.